sábado, 11 de outubro de 2025

Estes seres magnéticos


São eras sem conta. Vivem soltos pelals selvas vastas da inspiração e padecem de uma fome constante de se alimentar de si mesmos. Tem de tudo nesse meio onde vivem. As alturas significam, a bem dizer, de um padrão quase absoluto, porquanto querem, mas não conseguem, tocar as profundezas dos céus em cima, no azul. Mas observam demasiadamente essa outra vontade extrema de ultrapassar a Era Cósmica que eles inventaram certa feita, na década de 60 do século passado, e notam haver transmutado em cinzas a necessidade disto. Vadeiam no vento em volta e desfrutam da temperatura das estrelas. Criam animais doutros portes e fogem daqueles maiores que têm presas afiadas e que pensem menos, quem sabe?

Quais seres esdrúxulos querem crer se amar na velocidade das paixões, todavia fazem disso meros romances a vender nas feiras ou nos festivais cinematográficos, além de propagá-los nos festivais de música, de tempos em tempos. Fixam ideias e as desenvolvem na medida dos calendários, sempre acesos, pelas frestas do Infinito. Muitos, muitos, acham-se espalhados por vários continentes banhados de rios e mares. Desenvolvem máquinas de transmitir conhecimentos, porém no meio dessas transmissões pululam iniciativas funestas que machucam de arder o coração da espécie.

Ainda assim descrevem sítios maravilhosos de beleza rara, relíquias, talvez, a serem descobertas lá em futuras escavações nos outros tempos que depois. E pedem clemência aos deuses pelo furor dos instintos que os prendem à consciência em flor. De inteligência por vezes surpreendente, gostam de veículos acolchoados a rodar em pistas caras, cercados de admiradores e futuros clientes. Quanto é bom gostar de ser que tais, espalhados ao vento de tardes primaveris. Acordes suaves das suas canções marcantes as conservam na alma no desejo ardente dos amores inesquecíveis, do que tanto falam e mentalizam.

Por isso, pelas inúmeras experiências dessa espécie surpreendente, edificam castelos valiosos a sustentar os sonhos de chegar, alguma vez, ao país das luzes que saboreiam ao continuar aqui de olhos fixos num futuro quiçá melhor, logo ali sob o fruto das consequências do que estejam realizando agora.

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