Isso de persistir aonde rever tantas criaturas espalhadas ao firmamento resume seus significados. Às vezes, feitos de nuvens. Doutras, seres só prisioneiros de tempo e espaço, porém assustados e ariscos. Enquanto as nuvens formam castelos de sombra, os seres olham atentos o que possa acontecer logo no momento seguinte. Ainda que tanto, sustentam as hastes dos céus de modo talvez esquisito, por demais, ou em sórdidos e repetitivos gestos, séculos a fio.
Guardam consigo uma saudade, no entanto. Asseguram vir de um território neutro, onde viveram a luz da consciência e adormeceram sobre as largas aventuras dos cavaleiros andantes. Vivem quase de jeito repetitivo seus ritos sequenciados, a colher histórias que os alimentam dias e dias. Vêm daí as ditas civilizações. Criam instrumentos letais e seguem à procura da sorte nos campos de batalha do horizonte de depois.
Eles, quais criaturas errantes, entes limitados no quanto viver neste chão, sabem sobejamente dos extremos a que se submetem. Mesmo que quanto, de novo esquecem de si e plantam os restos de esperança nas fibras do impossível. Fossem, pois, avaliar cada período da História, teriam de outrora as quantias gastas em perjúrios daqueles protagonistas que preenchem de dor o solo dos contentes e desmancham as ruínas da ilusão com as próprias unhas.
Bom, decerto de aventuras e consequências vivem esses seres. Buscam o que já dispõem nas abas de si, velhos segredos que carregam nos campos afora. Sabem dentro da relatividade do que existe, porém afeitos a sonhos inesperados de mistérios os mais esquisitos. Daí, nascem afoitas palavras, sem limite, feitas de fagulhas dessa fogueira de estar aqui e haver de ser, a qualquer custo.
Bem isto, máculas em movimento pelas trilhas do Destino. Contam, portanto, as fantasias que compõem o quadro onde caminham, o que chamam determinismo. Quando saíram de lá já traziam no íntimo o roteiro completo dessa epopeia que hoje praticam, sábios autores da humana compreensão, todavia parceiros do sentido que aguarda, até trazer de volta a paz do que deseja.
Nenhum comentário:
Postar um comentário