O mediador entre a cabeça e as mãos deve ser o coração.
Fritz Lang (Metrópolis)
Depois das quantas buscas pela Arca de Noé, esquecida nos milênios, lá que um dia deram de cara com esse destino das massas humanas. Chegar-se-ia ao clímax do anonimato e descobrir-se-á o teto das alturas. Levas incontáveis, a deslizar nesse universo escaldante das horas, contudo de senso aberto ao inevitável, ao desejo de encontrar sinais da revelação que os possa desvendar tudo em quanto. São dessas dobras sem conta do mistério o que nos traz até aqui, mesmo que de olhos ainda fechados aos sentimentos.
Porém ciências incontáveis mergulham o impossível e refazem
urgente necessidades a conter nas servidões do passado e mitigam instrumentos de
compreensão através dos sentidos, da inteligência, que permitem traduzir da
visão o princípio da Eternidade que mora nas mesmas criaturas fugidas pelo
acaso das aventuras deste Chão.
A cada um, pequenos índices da humana descoberta. Todos,
portanto, trazem consigo esses motivos de sobra a descrever, nos mínimos
detalhes, a estrada e o reencontro. Destarte, nem de longe a imaginar fôssemos repasto
das perdidas ilusões, pois. Herdeiros perenes da Criação, tocam em frente o
barco da certeza diante da perfeição que ora consiste do coração de todos. Nexos
feitos de natureza, juntam as mãos e persistem nas trilhas do inevitável.
A contemplar os céus do Infinito, seremos tanto mais de consistência
a existir nesse mar de solidão e desaparecimentos. Lentes de porões a bem dizer
insondáveis, no entanto só de viver ser-se-á suficiente preencher o vale das sombras
de longos suspiros dessa ausência agora notada por meio da luz na Consciência
que somos. Que a ninguém esteja o início das desilusões, dos desencantos, vistos
códigos entranhados na alma e expressões definitas da Verdade e do Ser.
(Ilustração: Metrópolis, de Fritz Lang).
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