Há um passado qual sejam os armários das vidas, espelhos da consciência individual dispostos nos mesmos caminhos aonde tocam-se de novo os destinos que em si todos carregam. Acesos os olhos, desertos esparramam, grossos, areias sem fim na alma das criaturas. Daí se avista o palco das alturas na medida dessas luzes que tantos veem e delas esquecem, cativos que pereçam nas próprias carnes. São horas deixadas no Tempo, cheias de marcas pessoais. E nisso não haver culpa e, sim, medo, porquanto bem significam tão só urgência de significados.
À busca das profecias, querem, a todo custo, impor condições
ao inevitável. Largassem de lado o senso de determinar tudo, ver-se-iam face a
face com o princípio da inevitabilidade. Gostar de compreender o mistério das
histórias e desvendariam o quanto importam no transcorrer dos gestos e virtudes.
Bem isso que detêm os parágrafos de contar a miúdo as horas e
os desafios da gente com a gente mesma. Guardar nos sentidos a verdade insana que
alimenta de cores a liberdade. Ajustar consigo o princípio das certezas e mergulhar
fundo no íntimo das existências.
Nisto, inúmeras considerações vêm à tona quanto ao sentido desta
evolução. De onde, aonde, qual que seja. Infinitas avaliações do que ora esteja
ao relento da sorte de qualquer um. Os precursores das aventuras espirituais a
isso predispõem um itinerário certo e vislumbram mil possibilidades. Estimam o
verso desse quadro que transita na solidão das noites, na sombra frontal de
tantos.
Perante, pois, o crivo das compreensões, resta somente o
trilho da continuidade. Palmilhar o chão que sobra aos nossos passos e sonhar
diante das transições. Não basta querer, tem que sentir e viver. Sustentar o
firmamento aos próprios pés, e adormecer nas telas trazidas aos ombros do
futuro. Sobreviver, portanto, aos sóis de depois, apenas isto.
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