sábado, 1 de abril de 2017

Todas as manhãs

Quando ele vem já é dia, nunca chega antes, o Sol. Claridade absoluta no tempo, revela os segredos da visão e deita claridade ao mar e seus territórios.

Mestre das possibilidades infinitas do trabalho e da criatividade, alimenta de luz as existências e transmite força aos elementos da Natureza. Assim e para sempre, abraça o compromisso de viver das criaturas em transformação.

Uns querem saber mais, e menos sabem. Ignoram as normas de sabedoria que causam a humildade, valor essencial de quem deseja paz. Ainda doutro modo, há permissão de aprender por força das carências, música das esferas em eterno movimento. Átomos da felicidade que transporta aos níveis da procura, todos seus filhos nutrem desejo de lá um dia, hoje até, compreender o gesto de sorrir.

Enquanto isto, toda manhã ele vem de olhos abertos a clamar vida no íntimo das horas. De passos firmes, alimenta de amor as colinas dos céus, a deslizar nuvens diante do azul do firmamento. Horas, suave; noutras, intenso qual quem pede responsabilidade dos filhos. Aquece esperança nas flores e afina o trinado de todos os pássaros que voam pelo céu. Um longo dia pela frente de renovação dos pensamentos, palavras e sentimentos.

Diferente fosse, poder só tivesse e depressa corrigiria o formato das esferas; acenderia de virtude os corações apreensivos à procura do mistério. Trabalharia em segundos a história surda de tantas e quantas gerações impenitentes. Imporia condições aos seus de que melhor poderia ser, conquanto teimosos e ridículos causam sofrimento aos demais sem tocar as fibras da consciência, feitos mulas desalmadas.

aJá adiante, lá pelos finais das tardes, mantém a paciência e deixa que as sombras cubram dramas humanos, de animais indecisos que são, e some esplendoroso nas fimbrias do horizonte, deixando pelos ares pequenas luzes a brilhar norteando a solidão que, de saudade, usufrui da certeza de que ele regressará sempre novo logo amanhã bem cedo.

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