quarta-feira, 5 de abril de 2017

A palavra perdida

Se fôssemos a julgamento também pelos pensamentos que não logramos exprimir, disso ninguém jamais chegaria na divina Perfeição. Marcharíamos a passos lerdos o resto dos eternos e ainda ficaríamos devendo uma banda, visto o que já recebemos de bênçãos. Porquanto a luta sobeja no esforço de conter a lama que vem às portas dos indivíduos sem despejar no seio dos demais. São tantos fatores egoístas a prevalecer dentro dos seres humanos que inútil pretenderiam reverter o quadro da dominação dos instintos perante o sonho da esperança. Mas nisso apresentamos a face do herói que somos nós. Da casca adentro, um cipoal de química inorgânica de causar estrago à luz de qualquer dia (ver os noticiários).

Então, desse quarto de prudência habitado de monstros pecaminosos, daqui de fora, é preenche o tempo dos calendários, a desarmonia/harmonia dos tempos de comunicação. Os tais meios de comunicação de massa, mau exemplo ativo, multiplicam a valer o poder da transmissão dos pensamentos nefastos, apesar de contidos lá dentro dalguns. Acrescentaram depois a fibra ótica que circula os continentes e os tais telefones-computadores, que agora regem o mundo em velocidade estúpida. Destarte, enquanto a humana intenção trabalha duro a fim de dominar os impulsos da animalidade das criaturas pensantes, máquinas aceleraram o pecado em volta do mundo. As taras invadem lares nos horários nobres, educam/deseducam a espécie dos macacos inteligentes e fazem ponto nas portas das delegacias entrevistando líderes arrependidos do tanto do furor uterino da fama.

A palavra que dissera o Senhor no início de Tudo sumiu por encanto da memória dos tempos. Até mesmo os antropoides chegam a duvidar de que, numa manhã de Luz, Ele esteve lá do astral a comandar a elaboração das águas, dos astros, do chão, do firmamento, dos animais, e segue firme no comboio rumo do Infinito, porém guardou em Si a expressão original do poder que afirmou a plenos pulmões no dizer da Criação.

Assim, quais peregrinos que existimos na face das manifestações da Natureza, andamos de ombros baixos, porém na certeza inevitável de ter de obedecer ao Pai e só de tal modo desejar ser felizes. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário