Só na aparência existem eles dois. Raros desvendam o mistério que transportam em si vidas e vidas até chegar à essência deste ser que somos nós. Quer-se elaborar uma aparente liberdade e padecem. Mergulham e regressam vezes sem conta à procura de um sentido pleno sem obter o êxito necessário. Aventuram milhões de experiências no exterior e sempre veem terminar em nada. Nisso padecem das próprias limitações no aspecto material que representam, utilizam e fazem profissão. Bem isto a existência daqui.
As notícias de quem chegou aos páramos espirituais com êxito
circulam nas mentes desde muito longe. Volta e meia alguém revela o ente sagrado
que traz consigo. Espécie de nível mais refinado, mostra sua face nas artes, nos
ideais, nas conquistas da consciência, deixando ver o quanto há de verdadeiro
na presença dos seres junto da Natureza. E o ser humano representa essa
oportunidade melhor evoluída, apesar dos tantos que insistem claudicar e morrer
na praia, por conta dos desmandos que ocasionam através da força bruta que já
detêm.
Mesmo assim há vitórias que significam a razão de estarmos
aqui. A perfeição do que somos impõe condições ao que venhamos de receber certo
dia. Em vista disso, navegamos esses mares revoltos da História e, vez em
quando, nos sujeitamos aos valores menores e às dores que persistem entre os
humanos e suas coletividades. As orientações dos que galgaram tais parâmetros luminosos
de transformação informam dos motivos que isto lhes permitiu, a qualidade dos
sentimentos e o sentimento maior do Amor que conhecem e exercitam.
Dessas duas vertentes do Eu, o lado exterior e lado
interior, há uma delas que consiste na grandeza absoluta de tudo que perfaz a
certeza maior, causa de todo avanço possível já em nossas mãos. As escolas que
estudam a alma têm trabalhado isto, de mostrar meios que esclareçam e superem o
estado de torpor em que vivem as multidões à procura de ser feliz e a realidade
definitiva que lhes aguarda logo adiante.
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