De tudo um pouco. São as ruas, praças, casas... Um rio de
vidas reunidas em lugares cheios do que necessários sejam outros que se formaram nas malhas do tempo às nossas mãos. Estradas a elas convergem. Avançam a passos
largos na direção de continuar dalgum modo diante das luas que circulam pelo
céu. As pessoas, seus habitantes, autores das novas lendas que esvaem pouco
a pouco através das lembranças do que ainda permanece. Cores, muralhas, ruínas,
guetos abandonados. Muitas vezes só em passar nos recantos faz com que revivam
as mesmas cenas de antes. Um museu a céu aberto, e as cidades.
Enquanto que, dentro da gente, outras cidades se formam todo
momento. São restos de tempo guardados no útero das existências, criaturas
vivas que desgrudaram da sorte; que, à medida do querer, jogam no íntimo os
detritos das horas. Sentimentos. Pensamentos. Sonhos. Imagens de
situações. Chamas que seguem a triturar o passado em forma de leis
intransponíveis.
Daí existirem tantos em movimento neste solo do Infinito que aqui
somos. As histórias é o que nos contam. Descrevem um mar das recordações do que
vivemos, do que saboreamos pelas florestas escuras das pessoas. Mundos acesos
lá dentro de todos, às vezes o silêncio das eternidades, em forma de
individualidades deixadas quietas ao próprio silêncio. Ondas de mares invisíveis aos
outros, padecem os instantes e fixam as horas, constroem seus palacetes na antiguidade da alma dos seres vivos que ora somos.
Nisto, as cidades fervilham o Cosmos e imperam nas consciências a descrever a que vieram. Elaboram esse calendário eterno e segue seus dias vidas afora. Nuvens que deslizam no céu imenso de todos,
neste azul monumental de quantas e quantas
aventuras que fizemos persistir através do Ser magnânimo de que compomos a
essência.
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