sábado, 9 de setembro de 2023

A terapia do sentido


No seu livro 
A Busca do Homem por Sentido (publicado pela primeira vez em 1946), Frankl relata suas experiências como interno de campo de concentração, descrevendo seu método psicoterapêutico para encontrar sentido em todas as formas de existência (mesmo as mais sórdidas) e, daí, uma razão para continuar vivendo. Em suas próprias palavras "O homem, por força de sua dimensão espiritual, pode encontrar sentido em cada situação da vida e dar-lhe uma resposta adequada”. https://pt.wikipedia.org/wiki/Viktor_Frank

... e, daí, uma razão para continuar vivendo. Bem isto de que mais necessitamos durante todo tempo, de uma causa a que dedicar tudo de si. Quantas vezes vemo-nos face a face com os extremos de tocar em frente no gosto de existir, ao ver fechadas alternativas alimentadas vidas inteiras. Porém nessas ocasiões, tais seres espirituais que o somos, sustentamos a força de sobreviver através desse meio transcendente de um sentido de sustentar a essência do Espírito e abrir novas possibilidades.

Nisto, o psiquiatra austríaco promoveu seus estudos, vistas as contradições da condição humana sob as quais houve de resistir às provas durante a Segundo Grande Guerra. Foi prisioneiro dos nazistas em quatro campos de concentração, aprofundando os conceitos dessa terapia e desvendando o sistema com que criou a Logoterapia, ou Terapia do Sentido.

A base de sua formulação firmou (a Terceira Escola de Psicoterapia Vienense) ao observar o quanto importa ter um motivo fundamental que ofereça o conceito de um fim otimista e útil, fora mesmo do próprio indivíduo, e que lhe permita desfrutar deste sentido na própria existência.

Ao presenciar os outros prisioneiros, notava o quanto de valioso poder esperar pela realização dos seus sonhos de, lá um dia quando readquirissem a liberdade, reencontrar os entes queridos. Enfrentava às mais ingratas condições físicas, baixíssimas temperaturas, trabalho árduo, ausência de agasalhos, fome, completo desconforto, no entanto ainda sabendo das notícias dos familiares queridos que os aguardassem nalgum dia. No entanto, ao saber de suas perdas, esqueciam-se de viver e força nenhuma achavam a que continuassem vivos.

Assim tais os dias dos demais, a preciosidade com que contamos ao dispor dos nossos sonhos na forma de um sentido de viver as agruras deste Chão.

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