Leve, suave, sem chances de mudar jamais, pois, além das possibilidades possíveis das fragilidades deste chão, essa alegria de sonho que toca o coração da gente e mostra meios de chegar aos fins da madrugada de peito lavado. Alegria que já nasce avisando da singeleza de depois dos sonhos irreais do crivo racional que ficaram lá atrás. Direito enorme de probabilidades que vem puro das mãos do Criador, abençoada no perfume das florestas em flor, essa vontade qualificada que só indica felicidade.
As crianças, por exemplo, agem livres das impurezas do
cascalho, e elas falam nisso, da grandeza maior dos corações. Qualidade
indizível das fotografias bonitas, o horizonte muda de cor ao sabor da verdade
suprema, independente dos fatores materiais em queda. O sonho no sonho, a
pureza dos sorrisos de quem ama sem o interesse apenas imediato da carne.
Encontrar em si a origem do sentimento e produzir a
satisfação de toda necessidade. Conhecer de dentro meandros e soluções
imaginárias, rimas ricas de água pura. Aceitar assim o equilíbrio qual razão
fundamental da existência e ouvir os pássaros das tardes mais silenciosas,
mensageiros intermitentes de horas calmas e segredos azuis.
Sair daqui e correr léguas de achar parágrafos que ofereçam
paz. Alimentar o sonhador em forma de seguidor do Bem, na entrega total a
mundos transcendentais da vida, palmas abertas e almas que se aceitem criadas
no projeto do bom viver. Caminhar confiante no destino que seguirá os surdos passos.
Quantos disso ouvirão o decorrer das aventuras errantes do
espírito através dos tempos, o Senhor saberá de tudo. Porém existirá sentimento
puro no furor das tempestades que vasculham a história diante no caldeirão das
almas mortas. E fugir sem ter aonde representará o clímax desse mistério.
Disso, dos sonhos resolvidos, serenos e definidores de
opções de entrega ao tapete mágico dos filmes de final feliz, há um gosto
inigualável dos alimentos sadios na paz inextinguível das emoções do movimento
eterno.
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