Pouco antes de sua morte, o Rabi Haim disse a um visitante: - Contasse eu nove amigos fiéis, com cujos corações o meu batesse em uníssono, cada um de nós meteria um pão na sacola e sairíamos juntos para o campo, e juntos andaríamos juntos pelo campo, e oraríamos e oraríamos até que a oração fosse ouvida e viesse a redenção. Martin Buber (Histórias do Rabi)
A oração qual fonte que vem dos que reconhecem a presença de
Deus nos indícios do poder sem limites da Verdade. Abrem de si a leveza da emoção
superior e deixam nascer a possiblidade de partilhar a força do mistério
tenebroso na imensidão da vontade pura. Orar, que possibilita os meios reais de
encontrar a própria essência do ser.
Daí o valor inestimável da prece com toda a intensidade da
alma. Buscar uma forma de encontrar a resposta adequada aos nossos pensamentos
de conforto. Fazer valer a fé em ação nos refolhos da consciência e chegar mais
além das limitações do pensamento. Viver de dentro a experiência de falar com
Deus. Circunscrever a vivência de guardar na certeza a glória infinita do Amor.
Viver, afinal, o que de melhor possa, no sentido de responder ao vazio que, por
vezes, quer tomar de conta dos dias escuros e trilhar as respostas que
correspondam à conformação, e tranquilizar crises, situações inesperadas.
Uma forma de responder ao senso das fragilidades humanas.
Sonhar com o impossível em termos de convicção e fervor.
(Ilustração: Angelus, de Jean-François Millet).
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