De que adiantou saber tanto e não praticar, ou praticar pela metade. Ou não saber. Nunca se descobriu tantos mistérios, no entanto a natureza permanece a nós desconhecida nos momentos mais críticos. Há que haver uma autocrítica severa diante disso tudo que vem ocorrendo. Repensar a finalidade e o que significa existir. Rever objetivos. Crer verdades nas potencialidades que nos sobram, a fim de construir o mundo novo de que falavam os visionários. Sonhar acordado, mas exercitar o direito de sonhar de todos. Exercitar as virtudes que decantam os filósofos, os santos e profetas. Aonde foram parar os planos de viver em paz numa sociedade justa das histórias que contavam nossos avós em volta da fogueira? Por que encontrar as respostas e as deixarmos de lado quis fossem apenas ficções?
Enquanto isto, as leis da natureza prosseguem inevitáveis frente
às estações, senhoras de si, por vezes severas, exigentes daqueles que as
utilizam ao bel-prazer das humanas vaidades. Quanta exclusividade nas classes sociais
dominantes, nas imposições da força bruta que arrasta os séculos, quantos
gastos em armas, em sistemas de sacrificar populações no interesse de alguns,
das elites hegemônicas... Quanto descaso no exercício da honestidade, do
respeito aos demais, da ganância, interesses escusos... E querer respostas
diferentes daquilo que apresentam, vê-se nisso as garras afiadas da ilusão que
exigem justiça inevitável no decorrer das gerações, nas muitas ciências que devíamos
guardar com zelo. Nada ficará impune nos delitos praticados em detrimento da
paz.
Ainda que perfeito, maravilhoso, o Universo detém, infinito,
o poder das vidas em todos os sentidos. E esse mundo principia dentro de cada
um de nós, no espaço restrito de um tempo em movimento. Que estamos fazendo de nós mesmos, das nossas potencialidades em
favor de revelar os valores positivos de existir em harmonia com as leis da
Criação, apenas os indivíduos são capazes de responder, pois as determinações
da existência assim impõem. O fazer do que nos resta face ao futuro desconhecido,
só os seres humanos haverão de mostrar, nestes tempos de uma sobrevivência quase
que tardia.
De refletir e refletir. Gostei do momento de melhor usarmos nossas potencialidades. A fatalidade da vida e o estarrecimento pode nos fazer andar e querer mudar ou paralizar, mas navegar sempre será preciso.
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