Mais à frente, vim de conhecer sua companheira, Leni, junto a quem aprimoraria outra boa amizade, pessoa afeita ao conhecimento das luzes espirituais, também dedicada às lides artísticas, sua perfeita companhia durante a existência. Francis devotava inteiro amor às raízes cratenses da arte, de bons parceiros, e aqui avistara Leni pela primeira vez, onde ela morava junto de Dona Rosa, sua genitora.
Qual disséramos, ainda que advogado, empresário de música, político militante e persistente animador cultural, o forte de Francis seria o cinema, ao que votou sua liderança durante décadas, autor de livro sobre o assunto, diretor de películas, coordenador de festivais, produtor e roteirista. O cinema cearense registra, portanto, a presença inconteste desse valioso capitão, incansável e resistente. Foi diretor da Casa Amarela, do Cine Ceará, e coordenou o Festival de Cinema de Jericoacoara.
Dentre as principais obras de Francis Vale constam o disco Liberado, com Alano Freitas; o livro Cinema cearense – algumas histórias; os filmes Trem da Alegria: Arte, futebol e ofício (longa metragem), Dom Fragoso (curta metragem) e outros, havendo participado como letrista das composições do Pessoal do Ceará, ao lado de quem cerrou fileiras.
Natural de Belém, no Pará, nascido a 07 de janeiro de 1942, agora recente, dia 08 de dezembro de 2017, Francis deixaria este mundo, nisto sensibilizando a muitos de seus admiradores e amigos, colheita justa que obteve através de uma legenda de trabalho e dignidade.
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