sábado, 1 de dezembro de 2012

As primeiras chuvas


Tempo esse em que ocorrem variados tipos de fala quanto ao clima futuro. Uns preveem mais estiagem, depois dos dois anos meio irregulares, ainda que em 28 de janeiro de 2010 ocorresse tromba d’água de causar espanto, destruindo parte do Canal do Rio Grangeiro e levando prejuízos a comerciantes e moradores da zona urbana de Crato. O andamento dos invernos, nessa fase, apresenta irregularidade, sem registros normais dos ideais para a agricultura e o abastecimento.

Este ano, aos primeiros meses, vieram chuvas, sim, porém insuficientes e espaçadas, abaixo da média histórica, somando redução das reservas nos açudes. Ninguém garante como virá o turno invernoso. Profetas ainda existem, acrescentados das previsões oficiais. Certeza segura, todos ficam devendo.

De real, contudo, é que, há pouco, nas madrugadas de 30 de novembro e 1.º de dezembro de 2012, após dias nublados e quentes, chegaram as primeiras pancadas de chuva. Caso consideremos as estações do Planeta, nossas chuvas ocorrem no Verão, com base nos padrões estabelecidos no calendário. Estas duas ocorrências de chuva molharam bem as matas já ressequidas pela soalheira dos seis meses de estio que trouxera ondas fortes de calor.

As mangueiras e os cajueiros estão mais floridos que no ano anterior, enquanto os sabiás cantam desde finais de outubro. Graças a Deus nenhum incêndio de proporção ocorreu na floresta, diferentemente de anos passados.

Mediante o desejo dos sertanejos de que venham boas chuvas de encher reservatórios, nutrir a lavoura e criar o pasto dos rebanhos, eles principiam olhar o Nascente. Buscam a raiz das nuvens, os torreões. Vigiam as luas, os sinais da natureza, os passarinhos, as formigas, o movimento dos animais. Quando o relâmpago começa a cortar os céus, então, nasce nas almas o gosto pela vida, ainda que agora rezem e morem mais nas cidades, abafadas de prédios e carros, do que no tempo bucólico dos sítios e vilas. Precisam da água preciosa, a lhes satisfazer necessidades e privações.      

De agora até o meio do novo ano, haverá o alimento da esperança em chuvas fartas no coração de todos os viventes, pois assim a alegria vem.  

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