segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Alacoque Bezerra


Soube, hoje, que Alacoque Bezerra seguiu ao mundo espiritual. Ano passado, escrevi este texto a seu respeito.  

Ela perfaz, neste dia 10 de fevereiro de 2011, 90 anos bem vividos de uma existência inteira dedicada ao próximo, através da maternidade, do magistério e da liderança familiar, comunitária e política, o que promove com lhaneza sob a égide dadivosa do jeito agradável e amigo característico de inesquecível personalidade.

Nascida em Juazeiro do Norte, Ceará, Maria Alacoque Bezerra de Figueiredo, filha de José Bezerra de Menezes e Maria Amélia Bezerra de Menezes, empresária e professora de exercício e vocação, chegou ao mandato de Senadora durante a legislatura a que compreendeu o período de 18/10/1989 a 15/02/1990, pugnando pelos interesses do Ceará junto ao Congresso Nacional, na vaga do, então, senador José Afonso Sancho, suplente do qual fora eleita em 15 de novembro de 1982, pela legenda do Partido Democrático Social - PDS, lavrando um tento de ser a primeira mulher cearense a ocupar tão graduado nível da representação nacional.

O jornalista Blanchard Girão foi quem escreveu a história dessa vida votada sobremodo à educação em terras juazeirenses, educadora de qualidades reconhecidas, inclusive através das instituições estaduais, quando veio titular o posto de Delegada Regional do Ensino no Cariri. Educada desde Juazeiro do Norte, estudou depois no tradicional Colégio Santa Teresa de Jesus, em Crato, para seguir até Fortaleza, quando se formaria normalista, no Colégio das Dorotéias, daquela capital. Voltaria ao seu natural, Juazeiro, para o pleno vigor do magistério. Professora e diretora do Grupo Escolar Padre Cícero, trabalhou com zelo visando o progresso da cultura e da educação como poucos outros, neste propósito assinalando vitórias sucessivas.

Também escritora, produziu o livro José Bezerra, o pacificador, biografia do seu genitor e importante esteio do clã dos Bezerra de Menezes no Cariri.

Dentre as características que lhe adornam o caráter, mantém lúcida e profícua a disposição firme de amar o próximo, de quem vale destacar o preito de reconhecimento, diante da disposição de servir, obedecendo aos ditames da natureza religiosa de um espírito conciliador por excelência, conceitos admitidos pelos que privam da harmonia do lar e da bela família que constitui.

Pessoa dotada de inteligência pródiga, sabe sempre respeitar o valor dos amigos e companheiros de trabalho, maneira carinhosa de galvanizar as equipes com que cumpre as tarefas a ela atinentes. Nos seus méritos pessoais, a habilidade quando ao senso do justo, nos modos de aquinhoar o próximo, resume o primor e a grandeza desta personagem ímpar do tempo presente, nas plagas do Cariri.

Por isto, nossos melhores votos de saúde, paz e felicidade à Madrinha do Juazeiro, qual a denominam os concidadãos, em gesto de afetuoso agradecimento por tudo o que lhes presenteia ao longo dos dias.

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