sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Cantar é com os pássaros


Bom, diante de tudo que esteja escrito nalgum lugar, ser-se-á, sem sombras e dúvidas, as mesmas artimanhas do Destino em movimento. Face a face consigo só, eis a trama inigualável diante do que haver-se-á de responder aos berros da imensidão que carregam no peito aonde quiser ir. Contrastes de si aos olhos dos sentidos e do mundo em volta, usufruem da grandeza quais pergaminhos lá de outras histórias, talvez, e seguem aqui grudados na crosta do mistério feitos sargaços e trâmites que deslizam nas praias da Eternidade e somem aos hálitos do mundo em submissão.

Vistos assim, de tão simples que sejam tais protagonistas, eles vertem seus fervores das tantas luas que, de longe, as contemplam interrogativos e dormem logo depois firmes, impávidos, nas versões correntes dos credos. Uns aos outros, pelas longas estradas disso tudo ao único movimento das estrelas. Fôssemos compreender a quantos segredos e esqueceríamos de vez a que viemos nesse palco vasto do definito, numa outra e única direção...

Daí, os roteiros iguais a continuar, passos sem fim, no que distantes aconteciam e hoje prosseguem montanhas a fim, paisagens inesquecíveis de muitos céus, vales inteiros de lucidez, langor, felicidade, logo ali desfeitos nos fiapos dos seres escondidos nas capas do Infinito. Há de escutar benditos, litanias, teses, em seguida sufrágios dos antigos habitantes desse meio enigmático. Períodos e frases transcritos na pele de madrugadas imensas, contidos na consciência de todos, significam isto o desenho das gerações e dos milênios.

Conquanto sejam autores das próprias percepções, no entorno do rio profundo das almas daí nascerá o sentido, livre e soberano, daquilo que desde antes haveria de ter sido. Repastos de missões a bem dizer impossíveis de cumprir, no entanto vêm testemunhas das vidas que os transportam a paragens quão reais lhes impulsionam, pois.

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