segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Sertões do Nordeste I

A tradição da historiografia no Ceará soma autores brilhantes, desde Barão de Studart, João Brígido, Padre Antônio Gomes de Araújo, Irineu Pinheiro, J. de Figueiredo Filho, a Paulo Elpídio de Menezes, Raimundo Girão, Antônio Bezerra, Joaryvar Macedo, dentre outros tão valiosos quanto inigualáveis a deixar registros documentais bem catalogados e essenciais à preservação do que aqui se deu a partir dos primórdios da civilização. Órgãos quais Instituto Histórico e Geográfico do Ceará, Instituto Cultural do Cariri e Instituto Cultural do Vale Caririense congregaram ditos próceres e os remeteram às novas gerações, patrimônio rico de cultura e saber, lições e excelência.

A manutenção viva desse fogo de consciência segue, contudo, adiante através dos que lhes sucederam em tais órgãos culturais ora mantidos e acesos. Assim nomes recentes consolidam a disposição do patrimônio histórico desta parte de mundo em obras que utilizam a documentação das origens nas fontes primárias: atas, livros de tombo, jornais, revistas, correspondência, relatórios, diários, processos judiciais, escrituras, tratados, assentos de registros públicos e privados, tudo que subsidia a pesquisa inédita. E nisso, nesse afã de reviver e conservar os dotes iniciais da história, ao menos dois nomes já despontam com seriedade e vigor no campo de pugnar e elaborar compêndios fundamentais ao conhecimento do passado cearense.

Eles, João Tavares Calixto Junior e Heitor Feitosa Macê
do, se debruçam sobre as bases de nossa história e produzem obras definitivas no âmbito da revivescência dos acontecimentos antigos dos primeiros passos da presença europeia no Sertão.

Este livro, Sertões do Nordeste I (Inhamuns e Cariris Novos), por exemplo, denota um trabalho de fôlego da lavra de Heitor Feitosa Macedo, confeccionado na Editora A Província, de Crato CE, e recém-lançado no Instituto Cultural do Cariri, dia 21 de janeiro de 2016, que bem representa o despontar da verve deste jovem advogado, que aprecia por demais o ofício da pesquisa e vem à busca das profundezas documentais na matéria prima das letras históricas. São 330 páginas do melhor resultado literário e científico, pérola que prenuncia a realização de outros feitos futuros, porquanto assim o anuncia quando o denomina pela marca de número I.

Ao tempo em que o recebemos no ICC, Heitor revela a certeza de merecermos talentos proporcionais aos mestres que nos serviram de modelo e os levamos adiante no êxito da mesma correção acadêmica de sucesso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário