terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Luz da felicidade

O quanto de oportunidade escorre das mãos em forma de minutos abandonados, respiração e pulsações, quais a exercitar a indiferença a tudo de bom que a vida, a saúde e o tempo nos oferecem de braços abertos, e se sujeitam apenas a olhar de lado e recusar, jogar na poeira dos dias que passaram o prazer infinito de viver bem, ser de paz e luz, esperança nos gestos das pessoas, nos próprios gestos, vida afora.


Espécie de instrumentos de possibilidades perdidas, tangem o rebanho de células e moléculas que recebem do mistério da existência, e deslizam no trilho das horas quis reis de tronos imaginários só no desgosto. Pisam as flores quase nadas invisíveis das estradas feitos tontos de dramas agressivos, vilões das peças que pegam e dos descuidos atores aprendizes de si só, porém dotados de todas as chances no desempenho dos melhores sonhos.

De corações abertos e pensamentos soltos, os animais sentimentais circulam no movimento da natureza e espelham o muito pouco que até então aprenderam. Alimentam daqui, arrancam dali, somem no egoísmo das vaidades e ferem de dor as árvores deste mundo, quão pouco, no entanto, a plantar boas sementes na sociedade, na família humana, no eterno possível.

Bom, mas vim falar também nos que acertam, e quase ia esquecendo, nos que descobrem o caldeirão da realização dos efeitos da realidade. Há, sim, os que mostram certezas no que já adquiriram em termos de verdades daquilo que põe no tabuleiro deste chão. Os heróis anônimos que mantém o funcionamento da máquina que sustenta o financiamento dos cotidianos. Porquanto o Sol nasce com toda pujança e ilumina a gregos e troianos. Fortifica os direitos obtidos em quantas lutas pelo decorrer das epopeias. E preservam a família, nutrem de coragem os filhos, respeitam os amigos, satisfazem a consciência de, no momento exato, que ainda não se sabe quando, prevalecerá o bom gosto de construir quem habita no íntimo do Ser de todos nós. 

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