quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Estado de felicidade

No momento quando os pássaros voam suave pelo céu imaginado das tardes mornas, lá longes luzes acesas nos páramos do firmamento; olhar a paisagem quais nadas vagando entre as nuvens brancas enfileiradas, vindas do nascente; isso forma novas alegrias acesas no teto da alma da gente. Na hora em que as ondas batem nelas insistentes, saltam gotas nas asas das gaivotas que deslizam impávidas na linha do horizonte, fixas nos peixes que vêm à tona e decifram o brilho insistente espalhado no oceano. Pura alegria das flores no jardim da Eternidade, cores e perfumes entrelaçados no coração das crianças em festa. Uma paz enorme que dignifica existências no paladar das criaturas irmanadas nos fachos da claridade, seguindo sentido da energia que move o interior das células e alimenta os átomos do tempo definitivo. Poeira de astros no espelho dos milênios, a preencher perenidade no desejo da multidão das raízes que penetram a superfície habitada no seio da Terra.

Assim são as flores, lenços abertos de felicidade a balançar ao vento janelas de manhãs cedo. Pomos da beleza doce da universal grandeza, que espraia o leito dos rios entontecidos de velocidade. As abelhas, suas irmãs as borboletas, os irmãos os besouros, animais que voam e polinizam plantas, multiplicam a ordem na floresta e nos vales, rios e montanhas. Fatias de amabilidades do Criador, que somam detalhes nas pinceladas do quadro tecnicolor desenhado nas frestas horizontais dos olhos. Os outros bichos, que mexem esse movimento transcendente, acionam astros através dos infinitos, e andam felizes por dentro das pessoas que observam e param extasiadas na tranquilidade dos caminhos silenciosos.

Nisso, a música da sinfonia. Ritmo. Melodia. Sinais e símbolos da certeza de existir vida no fulgor das artérias debaixo da pele que derrama anseios e organiza sentimentos na roupa extasiante do mistério.

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