sábado, 10 de outubro de 2015

Aceitar a condição

Se eles pensam até hoje ninguém sabe, eles, os animais. Quem pensa: os seres humanos, esses outros animais cheios de preocupações desenfreadas. No entanto de quem pensa tem de esperar sabedoria, o que nem sempre acontece, face reações aplicadas ao contexto da natureza. Os índios dos continentes deixaram marcas diferentes, pois evitavam destruir, na intenção de sobreviver, contudo os civilizados demonstram resultados aterradores. 

A condição, que diz respeito a essa teimosia dos habitantes daqui do chão feitos touros raivosos em loja de porcelanas, a tudo revira e vende, angústias desarvoradas na forma de protagonistas do teatro absurdo que trabalham, pois teimam rasgar o véu da tranquilidade nas peças que encenam. Revoam garças assustadas nos objetos mecânicos que criaram, e olham desconfiados de duvidar do que fazer, o mais certo que tivessem de fazer. Criam milhões de meios de comunicar e insistem guerrear a fim de resolver a questão da vida depois das ações equivocadas.

Prudentes pássaros engaiolados em jaulas de vidro, vadeiam as praias poluídas do desamor, carregando o drama da humanidade inteira ainda longe de receber as respostas  mínimas de ontem.

Todavia diminui a chama das amarguras quando divide a dúvida de existir perante céus de ignorância. O impulso de salvar qualquer parte de si mesmo junta as peças quebradas desses quebra-cabeças num dos estádios da consciência e reclama intuição que auxilie diante das dúvidas. O faro de certezas preenche tal abismo inalcançável. Valores da alma da gente reclamam paz; vez em quando oferece luz na presença das dores do imperar as vaidades nisso tudo. 

Há chances infinitas na vastidão desértica sob pena de doer. Querer ninguém quer doer além da conta. Vem à busca do grau, nas jornadas de conquistar os dias, espécie de teor matemático da arte de pensar e não desistir. Houve deuses, há Deus, há Luz, Esperança, bem na outra margem de nós mesmos, o que nos aguardam de braços abertos.

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