segunda-feira, 2 de março de 2015

O que disse o coração

Isto sem esforço, o que seria contradiz o processo interior da leitura daquilo que vem da força natural das expressões de dentro da alma. Porém como ação espontânea, transe silencioso de ouvir estados continuados da percepção no suficiente de formar textos legíveis para quem não esteve na hora da criação.

Assim, o que escuta aquilo que diz o coração quer transpor para o papel gesto simples de interpretar a energia na tela deste lugar interior, encontro das linhas cruzadas de convergência do tempo no espaço, à luz da consciência do ser, no aqui/agora do momento presente.

Neste foco de raciocínio, a primeira coisa que ocorre aponta o andamento da informação que prevalece no horizonte da visualização externa, através dos meios da comunicação moderna. Contudo, se sabe da dependência direta de tais elementos a fatores de domínio de grupos que ocupam o poder da autoridade, tangedores de rebanhos a serviço próprio e seus interesses, na geopolítica de preservação dos privilégios juntos no decorrer de tempos passados e vazios na memória coletiva.

Com isso, há intenção velada de manutenção desses quadros preexistentes, o que, no entanto, por absoluta falta de domínio, despreza leis de outra realidade, força natural de coisas que contam, de seres humanos a sofrer restrições, exploração da manipulação escrava, campos abertos ao imponderável, a seu modo esdrúxulo.

Quer-se penetrar o cristal do tempo, igualmente normas intransponíveis reservam territórios blindados às pretensões dos poderosos do plantão injusto deste chão.

No patamar improvisado da consciência afloram limitações da força e abre-se espaço ao mistério de mundos maravilhosos, à custa só da disposição individual, porta sem nome, o Inconsciente, palco amplo e silencioso do Poder verdadeiro, acesso restrito a quem chegar às raias do conhecimento pleno, maior.

Das alternativas lógicas, esse pórtico de vida desvenda os termos eternos de pagos da existência, aos quais os mestres indicam sendas, abertas nas moendas de dor, para cruzar a linha fronteiriça dos dois planos, o sentimento marcado da emoção forte dos valores urgentes, imediatos.

Bem nesse ponto, falham discursos parciais, materiais. As duas realidades refletem o contato de superfície, mapa sobre o qual peregrinos cumprem suas jornadas solitárias, mediando o sólido no imponderável, este que, apesar de testemunhos no decorrer das civilizações, ainda carece de permanente demonstração, porquanto muitos pedem disso cabal comprovação.

Um efeito persiste, todavia: Desvendar o valor dos sentimentos nobres, a exemplo da alegria e da paz, na corrente sanguínea que anseia frutos de virtudes, notícias de alfabetos escritos a ferro e fogo, no correr das fibras do universo, formas e energias da realização de tempo e espaço, senhores dos sonhos enquanto movimento constante das idéias, no íntimo coração da Ser.

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