Romance, uma palavra que lembra os tempos áureos da grande literatura e suas vertentes de variadas nuances, geração após geração, civilização após civilização, épicos períodos das sociedades guardadas em longas tiradas de felizes autores. O jeito de revelar o instante de cada povo, seus lugares, acontecimentos marcantes, imemoriais, ação ininterrupta e fértil, que depois geraria o campo magnânimo do cinema, em formidáveis e inesquecíveis superproduções, oráculo dos dias contemporâneos, ainda subaproveitado em toda sua potencialidade, sobretudo através da televisão, o monstro sagrado infiel da cultura.
Nisso, o tempo do romance jamais passará, porquanto transborda
de força viva dos observadores que se revelam a cada tempo, de ritmo estrepitoso,
cadenciado nos dramas cotidianos, revelações que carregam o multiforme da vida,
por meio dos escritores de época e suas inspirações inolvidáveis.
Uns vêm
e se encaixam no processo fluido da existência sem a coragem de ousar. Outros,
no entanto, acreditam e insistem, até conseguir realizar o que lhes cabe. Um de
nós há de fazer cada escolha pessoal. Um enigma isso de viver. Mais um dos tantos
enigmas que se apresentam no passar das gerações.
À
grandeza fica por conta das opções individuais, que responderão por si. Nisso,
o próprio gesto de observar fenômenos em volta, seja no dia-a-dia, na digestão,
nos movimentos da natureza, nas falas, nos animais, pessoas, clima, jornais,
revistas, computadores, livros, filmes, tudo que compõe a enorme sinfonia de avaliação
das moléculas do viver, da gente e dos demais em volta, a permitir que se promova
uma leitura fértil e útil do panorama que se testemunha.
Daí a
obra de arte e o gosto que as pessoas sentem ao querer acompanhar aquilo que se
produz, juízos mais que suficientes a se formar um mundo mais sábio e mais humano.
Este o dever das almas, dos herdeiros do Universo.
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