Vez em quando me pego, de novo, a olhar o céu a querer avistar o Infinito logo ali, no entanto, quando difícil. E saber que existe algo além na profundidade da visão, ainda que isso apenas suma por vezes sem conta no azul lá longe, longe, bem longe. Será que há nuvens no Cosmos iguais as daqui? Querer saber, essa vontade esdrúxula, estranha qual essa palavra esdrúxula, que teima em nos acompanhar onde seja que estivermos. Tal ânsia de perguntar a quem?, à busca de respostas soltas pelo ar, tais blocos de palavras e pensamentos largados, que fossem, no firmamento cá de dentro da gente, de algum Autor...
Isto das dimensões que tendem crescer nos horizontes dos
dias afora, busca insana de conhecer e ter de seguir adiante, mesmo sem as constatações
mais suficientes, porém. Um céu vasto, ao dispor das criaturas... Mundos
ignotos... Universos distantes, na vastidão que nos envolve nos sonhos vagos de
outras histórias, outras gentes, naturezas, lugares, paisagens, sóis, luas, estrelas,
gravidades, criações...
Nisso, as vidas que se sucedem em movimento e que
estabelecem novas emoções nas novas criaturas; seres misteriosos a nos
contemplar de seus lugares, sob outros critérios de avaliações e interpretações,
linguagens. Suas naves, suas cores, formas, linguagens, imaginações, enquanto aqui
persistem os níveis de sensibilidade e atitude face ao insólito dos tempos, dos
motivos de existir, das nossas limitações.
Querer, por isso, reduzir à pequenez dos humanos as
possibilidades de tudo, enfim, eis o teto da visão que persegue gerações
inteiras no decorrer da História. Perante a sede do conhecimento há quase que o
domínio da razão material a todo custo, na certeza do inalcançável dagora,
qualquer desistência prudente. Tateantes espécies tão só fustigam, pois, os
desejos da superfície e das ilusões, e dormem consigo próprios sobre os restos da
véspera, nas condições de meros espectadores do próprio anonimato. Talvez esse
fervor, certo dia, abrirá nos sentidos à real compreensão e signifique o motivo
exclusivo que faz estar agora neste roteiro desde sempre traçado de Alguém a
nos contemplar dalguma eternidade até então desconhecida.
(Ilustração: https://www.blogger.com/blog/post/edit/8950443997481616897/7127238050837953631).
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