Aonde se virar e escutar isso falar de crise, enxergar em que resultou espalhar que as notícias ruins serviriam de parâmetro da existência de hoje. Olhar o tempo e sofrer da síndrome de que a natureza parou e o homem venceu, na corrida destrutiva da poluição com requintes de burrice. Andar nas ruas desconfiando de todos, olhos presos nos alarmes e telefones sem sinal. Isso de perda de tempo em tudo por tudo, qual funcionário atrasado nos compromissos para com a empresa. Um quadro a ser retocado pouco a pouco à luz da consciência. Aguardar grudado as últimas notícias à espera do final dos tempos e contar os pontos que apresentar nos tribunais da Eternidade. Dados dantescos nas horas dessas de agora, no entanto de encher qualquer saco de quem quer paciência de viver, esperanças de criar uma família unida, formar filhos com visão de sucesso, trabalhar e ser feliz. Ninguém, ninguém, de senso sadio aguentará só pensar assim, andar de pés doidos por causa da pouca imaginação, pessimismo crônico dos que divulgam material recolhido nas bocas sujas e jogam no coxo das tradições contemporâneas.
Houve desleixo das nações e seus pobres comandos, decerto houve;
e consequências virão no rastro das horas; é a justiça natural dos elementos,
produto de resultados nos sistemas existentes. Porém fazer disso profissão
merece avaliação imediata, pois o trilho permanece à frente da composição,
direito de continuar e tange o rebanho nas manhãs seguintes.
Ainda que pesem as corrupções e os políticos nefastos que
chegaram no poder graças ao voto dos inconscientes, que a indústria das armas
fabrique para destruir vidas e seja a que mais movimenta capitais, que a
violência serva de profissão a tantos alienados de cidades grandes e sujas,
explosões de incompetência da humanidade em crescimento, ainda que assim se
apresentem os noticiosos da mídia sensacionalista, ainda assim existem os dados
positivos, as conquistas da civilização, os instrumentos musicais, os artistas
geniais, as mães afetuosas e zelosas dos filhos, o sorriso enorme das crianças alegres,
o prazer impagável da brisa gostosa nos dias quentes, as viagens inesquecíveis,
os livros saborosos, eternos, os filmes inteligentes, o carinho dos que gostam
da gente e nunca se esquecem dos verdadeiros amigos, os infinitos sonhos bons
de preservar o lado bom da vida, de viver com arte um exercício valioso de fé e
confiança; que bom que seja diferente, para melhor, e existir dentro da
realidade maior e verdadeira.
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