segunda-feira, 22 de novembro de 2021

As portas do coração da gente


Bem isso de modificar a paisagem dos dias, quando chegam lá de longe as doces lembranças da felicidade que anda aqui de junto da gente. A marcha que segue sempre nos adiante, contando dentro de nós as possibilidades dos momentos bons que existem incontestavelmente, das mãos divinas que derramam só pura alegria no rolar das estações. Formas fortes de dominar o instinto de sobrevivência, vêm de perto as horas do desejo firme de querer o melhor e trabalhar este sentido. Tingir o tempo de criatividade e sonhos, transformar o que seria impossível no reino de todas as realizações. Viver sob o clima de tranquilidade que o coração permite que assim seja. São tantos, pois, os meios de reverter a insistência de pensar o que nada acrescenta, de contornar os obstáculos e produzir elementos mais que necessários a que sejamos criaturas diferenciadas no meio onde vivem.

Querer, portanto, o exercício da plenitude, independente de outros quadros. Escolher motivos inevitáveis de ser otimista, ainda que nem constantemente tenhamos razões suficientes, porém que vamos buscar, nas planícies poderosas do íntimo, as peças de montar o quebra-cabeça de nossa história de um jeito diferenciado, positivo por excelência. Ver o mundo pelos óculos de cores poderosas, determinantes do nosso humor e nossas certezas.

Abrir as portas do sentimento aos bons pensamentos. Fazer do momento o dispositivo da esperança. Crer nas dimensões da perfeição que dispõe a natureza de que nós somos e praticar o senso do poder de que fazemos parte nos ideais da Criação. Espécie de religião original, vamos tocando em frente o barco da consciência, na convicção plena de ser instrumento de melhores dias. Senhores absolutos dessa liberdade com que chegamos, e elaborar o universo de nossa memória em favor do amor e da paz. O coração possui, portanto, esse condão absoluto de que somos dotados, nos segredos de dentro da Alma.

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