Fervilha assim, nos pensamentos, aqueles guinchos da humanidade inteira, quebra-cabeças das histórias incompletas e dos gastos inúteis das existências. Quanta correria na pressa da imperfeição. Tantos heróis de fancaria e vilões das ilusões fervilham os dias, cheios das viagens redor do nada em frêmitos de fome e desespero dessa gente bonita, no entanto desgastada na ação dos erros, ira e medo que andam juntos ao bojo da pressa. Quisessem rever o sonho de alegria e descobririam o quanto fugiram da realidade por conta do egoísmo.
A gente para na fronteira do firmamento das horas. Firma o senso na barra do horizonte. Lembra os filmes de antigamente. Quer esquecer as lembranças. Porém garras de mistério poderoso detêm o Infinito nas aspirações que deixam cicatrizes e contradições. Os limites dominam a pressa e impõem condições aos desejos humanos. Feridos, pois, quais répteis nos próprios equívocos, sabem o que lhes aguarda nos corredores do destino, logo adiante. E urram às feras de si, protestos carentes, na escuridão da alma.
Desfilam nas fibras indolentes da tarde que adormece aos sóis, durante a deposição do outro dia de regressar e vencer a sombra das eras. O claro fecha a empanada dos deuses servidores fiéis. Aos poucos virão fantasmas da noite e os dramas ficarão largados ao léu, marca da indelével santidade que adormece nos humanos, séculos sem fim, e as orações da Luz abrirão portas ao céu do novo dia. E astros brilharão para sempre na Eternidade.
Final de tarde relatado com com uma sensibilidade quase perfeita. Transportando-nos para aquele espaço é aquele momento. Temos a sensação de ouvir o cantar dos pássaros preparando-se para recolher-se aos seus ninhos, o sol que se despede deixando seus raios dourados escondere-se entre as folhas, dando lugar a noite e as estrelas que lentamente surgem no céu. É um momento único. Paz, serenidade, reflexão e a certeza de que Deus está presente na natureza em todos os momentos. Sensibilidade e capacidade de retratar o entardecer longe dos arranha-céus , parabéns! Um abraço .
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