Bem ali nessa visão das eras intermináveis e descobertas,
bem ali, ou aqui, vicejam os sonhos do Ser. Quais simples instrumentos de nós,
somos estes seres em potencial, formas da concretude e de todos os desejos
possíveis e imagináveis. Enquanto que deixamos cair o véu das inocências, ainda
assim sobreviveremos diante do Eterno. Meros joguetes das aparentes liberdades,
vaquejamos a Liberdade, afeitos aos farrapos da descrença, ou depositários da
luz em forma de animais, eles se superam.
Destarte, temos todos estes quais momentos de lucidez dolorida
perante os apetites nefastos das ganâncias, anjos largados às feras em bando
nesse labirinto de palavras e pensamentos, sinfonias e canções de tocar os
corações. Pássaros insólitos, vagamos soltos no Infinito entre as estrelas e os
versos, emparedados, pois, neste chão de almas, temidas e tementes, trocamos de
passos aos pés do Criador da Consciência. Por vezes vacilantes, contudo
emocionados nas pequeninas ações dos dias, esquecidos na sorte para sempre,
batemos as portas da Felicidade feitos aprendizes.
Naves esquecidas
deste céu de emoções inesperadas, tangemos o barco ao
fluir das ondas, olhos abertos aos instintos, no destino da realização,
individualidades, micro-organismos vestidos de tempo, durante o que festejamos
as palavras. As palavras que, sim, são livres, e nós só quase libertos à
procura do Amor. O resto disso é a aventura intensa nos campos da possibilidade
sem fim de achar a Perfeição.
Que texto maravilhoso! Rico de palavras e sentido. Uma metáfora capaz de levar qualquer escritor de primeiro mundo a ler e reler cada parágrafo, cada palavra, e interpretar cada sentido. Uma mistura, um turbilhão de sentimentos e verdades, realidade e devaneio. Parabéns ! Texto magnífico..
ResponderExcluirLisonjeada com o seu comentário , voltei para reler rsrs. Um abraço Emerson Monteiro.
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