terça-feira, 25 de setembro de 2018

Olhos da noite

... Isso desses tempos escuros onde ninguém sabe a que veio e busca acertar diante dos desafios. Houve fase quando as profecias indicavam cuidados extremos perante a pulsação das horas rumo do desconhecido. Alguns, nalgumas sedes oficiais, tomavam a si o direito de reger o rebanho quando a deusa Razão chegaria ao trono dos reinos e comandaria revolução de desfazer o que antes disseram sem comprovar, além de promover piores exemplos. Acreditaram num Século das Luzes. Nada seria do jeito de antes. Os sem-casta mereceriam resultados iguais aos soberanos. Igualdade, Liberdade, Fraternidade. 

Porém aquela que seria a revolução de todas elas reverteu-se noutros dramas e circunstâncias, donde vieram novas revoluções, novas guerras. Até quando a Segunda Grande Guerra, a mãe das guerras, também receberia o codinome de a derradeira e para sempre. No entanto poucos anos depois explodiria a Guerra de Coreia. 

No andar da Civilização parece que a geopolítica reclama batalhas sucessivas de reduzir populações, monstro devorador. Ninguém gosta que seja assim, contudo assim houve de ser com a permissão das maiorias. 

Países vivem bem às custas da exploração dos demais. Povos avançaram sobre povos, europeus, asiáticos, africanos, sul-americanos, transferindo riquezas aos cofres das contradições. Hoje pousam de santos, bem trajados, organizados, senhores de si. No restante do Chão, vivam os que puderem. Enquanto a História é uma só, mãe e mestra, a reverter quadros de egoísmos através dos poderes existentes, o que requer esperança de feras menores contra feras maiores e poderosas.

Bom, mas o foco será a grande indagação de aonde foram parar as profecias que dominavam preocupações religiosas, místicas e sensitivas. São muitos videntes que descrevem as cenas do futuro em forma de versos, cartas, previsões assustadoras, de Nínive a Fátima. Durante o período das maiores necessidades, eles regressam e relembram nos sermões proféticos as escrituras, os transes que breve chegarão. 

De modo esdrúxulo, tende o barco das gerações aos mares profundos. De tão repetitivos, admitem que os quadros atuais de algo equivocado significam termos de mudanças urgentes, todavia poucos resolvem ser diferentes do que foram os que plantaram as sementes amargas. Há, sim, uma luz que brilha intensamente nas trevas da mãe Consciência em crescimento. 

3 comentários:

  1. Igualdade, Liberdade e Fraternidade, sonho da humanidade sensível às diferenças sociais existentes nos mais diferentes partes do mundo. Escuto hoje o Presidente dos Estados Unidos na reunião da ONU que os países precisam deixar absolver os problemas dos outros países, deixar receber imigrantes etc. O mundo está cada vez mais voltado para o seu próprio umbigo, erguendo muro se for necessário para se isolar em suas castas, e o resto, e o resto, quem quer saber de resto... triste, mas eis a verdadeira realidade das nações . A preocupação de cada país é quanto será o crescimento do seu PIB não importa a que preço.

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  2. Refazendo comentário. Olhos da noite, é interessante, pois é quando melhor vemos as coisas e os fatos. Talvez por ser anoite um momento de recolhimento, de reflexão, de olhar para dentro de nós mesmos, e neste momento de simbiose, conseguimos nos descobrir com mais ênfase às nossas virtudes e defeitos. Parabéns pelo seu texto e também pela tela.

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