- A vitória vem para quem tem fé. E a recompensa vem para quem confia.
- Quero ter essas luzes na minha vida. Às vezes a insegurança fala mais alto; me sinto insegura nas minhas escolhas.
- Todos somos sujeitos a isso de vez em quando.
- Ainda bem que não sou só eu.
- Tem que ter fé. O mais vem por acréscimo.
- Venho a ter fé.
- Fé é exatamente o contrário de não ter. Isso é conhecimento. Fé vem logo a seguir.
- Que essa fé se apresente.
- É a prática disso, de saber ser assim. Vem de dentro da gente. É uma entrega. Enquanto a gente quer ser maior do que Deus, Ele não se apresenta.
- E como perceber que queremos ser maior que o Criador? É pelo orgulho, na falta de fé?
- É pela insistência em não se entregar a Ele. Querer ser maior que Ele.
- Será que eu sou uma dessas pessoas?
- Se o resultado é a descrença, de certeza está batendo na outra porta. São as tais escolhas de que tantos falam. Porta errada, porta certa. Caminho largo, caminho estreito, no que fala Jesus.
- E as minhas escolhas serão acertadas?
- Pelos frutos se conhecem as árvores. Se derem na fé, estão acertadas.
- Penso que não ando com prática infiel. Nem tempo tenho para as coisas do mundo. Só me falta limpar as mágoas que ficaram. No mais, não faço nada de ruim.
- Então comece a andar com fé.
- Vou andar.
- Sim. Bom sinal.
- Só preciso despedir a menina insegura e com medo que, vez em quando, se apresenta em mim.
- Essa menina é a sua ausência da fé.
- Eu acredito que seja mesmo.
- É a senhora com as vestimentas de um passado que nem mais existe.
- Preciso me livrar dela antes que ela me leve antes do tempo.
- São muitos que permanecem assim na antiguidade de si mesmo. Representam peças fora de cartaz. (Essa nossa conversa, sem citar nomes, bem que mostra o jeito da humanidade. Posso publicar, sem identificação.)
- Publicar onde?
- No blog.
- As minhas mazelas?
- Sem identificação. Mazelas sem identificação.
- Se for a fim de auxiliar o povo, pode, sim.
- Pois farei; se ligue e verá.
- Devem ter centenas de presos ao passado. Quantas crianças escondidas no mato. Vítimas do próprio pai.
- Assim de gente.
- Adultos marcados pela violência que lá um dia volta a se apresentar. Esse é o meu maior medo. Você sabe que aprendi a chorar sem fazer sequer um barulho pra não ser descoberta no meio do mato, quase todas as noites. Mais à frente, meu avô tentou me aliciar, aos dez anos... E aí estou aqui sentada à beira do caminho buscando ter mais fé... Em Deus e nos homens.
Mazelas.. ah mazelas... quem não as tem? Quando jovens traçamos um caminho para seguirmos. Parte das nossas metas consenguimos alcançar, outras não. As nossas escolhas determinam os nossos destinos e as.nossas conquistas. Sempre achamos poderíamos ter chegado mais longe, conquistados outras, mas nem tudo está ao nosso alcance. Só nos resta agradecer a Deus o que alcançamos. Seu texto é leve... real, bem ao nosso dia dia dia. Um abraço Emerson Monteiro.
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