quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Alberto Marinheiro

Este o codinome de Alberto Teles, natural do distrito de Santa Fé, em Crato, filho de família tradicional do lugar, Seu Benedito e Dona Maria Anunciada Teles. Nasceu em 21 de fevereiro de 1942. Serviu à Marinha do Brasil, onde desenvolveu habilidades profissionais de educador físico, o que o permitiria  exercer funções junto ao Colégio Estadual Wilson Gonçalves e ao antigo Colégio Agrícola, Escola Agrotécnica Federal do Crato, até inteirar o tempo de aposentadoria.


Regressa a Crato em 1964, iniciado no ano seguinte corridas e caminhadas constantes pelas estradas do Grangeiro, localidade onde reside. Senhor de apreciável saúde, é presença garantida nas madrugadas sopedâneas. Nos inícios, era só ele que cumpria o ritual do condicionamento físico das passadas. Agora, de comum o encontramos acompanhado de vários cães puxados pelas cordas, em harmonia e cadência, persistência digna de observação. Enquanto a maioria dos moradores ainda insiste refazer o corpo através do sono tardio depois do Sol nascer, ali, na pista, Alberto cumpre rigorosamente o mister de superar o tempo e as suas limitações, além de oferecer aos fieis companheiros da jornada igual oportunidade.

Foi aluno de minha mãe ainda nos anos 50, na União Artística Beneficente. Responsável adiante de organizar os tradicionais desfiles de 7 de Setembro, com as turmas do Estadual, marcou presença no exercício das práticas esportivas daqueles estudantes. Participante emérito de corridas realizadas no Cariri, durante bom tempo concorreu entre os principais classificados das modalidades de 15 a 20 km.

Hoje, mais que um exímio atleta, Alberto Marinheiro representa, junto da comunidade cratense, exemplo de quem acredita no esforço próprio na preservação da boa forma, dístico perpetuado pelos gregos ao dizerem da mente sã em corpo são. Dentre os tantos tipos populares citadinos, pelas primeiras horas do dia, às margens da rodovia que vai até o Clube Grangeiro, ele segue, firme e forte, a conduzir  cinco ou até mais amigos caninos, na superação dos limites da resistência orgânica, seres que, alegres, se nutrem do oxigênio puro das madrugadas alegres da natureza. Com isso, ganham espaço na memória desta época e demonstram viver intensamente as riquezas da boa saúde.

3 comentários:

  1. Alberto foi meu primeiro professor de Judô.

    Aglézio de Brito

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  2. Homem admirável! Um pai exemplar, e um cidadão digno e de muito caráter!

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  3. Bom exemplo, admiro essas pessoas que se acordam cedo deixando o conforto da cama pra se exercitarem e receber os primeiros raios da luz do Sol, o dia se torna bem mais produtivo.

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