A vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida (Vinicius de Moraes).
Viver, ser livre; sonhar, ser feliz... Quantas linhas a cruzar este mundo até o instante solene de acalmar de vez o desespero e rever instrumentos e oportunidades. A isto resolveram chamar vida.
Já ser livre representa escolhas em ebulição dias seguidos a mostrar meios de aquietar os impulsos e as paixões, e transformá-los em matéria prima de prazer sadio, satisfações pessoais aos limites do horizonte.
Sonhar em acertar sempre a seu modo, o ideal de libertação dos que buscam encontrar a si mesmos e construir reinos definitivos no seio da esperança.
E quantas luas a percorrer os céus limpam dúvidas nas gerações em festa, depois quimeras e saudades abandonadas aos quatro ventos. Isto, porém, pede compreensão e desejo de verdadeira liberdade, onde haja acertos reais e não meros desenganos.
Desfilam, pois, gastos pelo tempo, os heróis. Fórmulas mágicas de sucesso as quais foram apresentadas aos milhões durante o espetáculo anual das fadas. Transcorrem, assim, antigos filmes numa velocidade estúpida, a dissolver minutos gelados em chapas de zinco quente e calendários abandonados. Teatro das ilusões, a máquina humana de imaginar, que jamais desiste dos projetos impossíveis, e sofre com isso reinados sem conta de perdições e angústias.
Todavia, nós, autores da existência, permanecemos olhos acesos nas marcas da sabedoria, e realizamos, de justo modo, toda riqueza que nos pertence face viver e ser bem sucedidos. Nisto todo o empenho na beleza infinita da Criação.
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