A música dessa tarde lembra, pois, os acordes infinitos das esferas lá longe no abismo dos mistérios. Tons suaves que chegam aos ouvidos de monges esquecidos nas montanhas elevadas, que de tanto buscar a si sumiram além das existências. Integrados no todo divino, imperam agora no território da íntima natureza, soltos no ar. Prudentes, abandonaram o mundo e despareceram no desconhecido perfeito.
Sons de folhas e pássaros, toques de seres fieis à inspiração, flutuantes no oceano da bondade plena. Acordes de todos os ritmos e instrumentos das flores. Horas depois da razão, luzes acesas de corações enamorados.
Bem assim, de consciência calma, desfilam paixões civilizadas em forma de desejos trazidos ao Paraíso sem culpa.
Chegam nisso profetas de melhores dias. Sumiram pelas estradas os sertões das interrogações e momentos de dor. Apenas amabilidade, carinho, fonte de dúvidas resolvidas em formato de festa. Conquanto aparentemente divididos, eles resolveram somar esforços numa e única direção de solidariedade e progresso.
Só música boa, risos de cordialidade e respeito. Quanta possibilidade no sorriso leal, longe dos medos e das mágoas. Sementes de plantas sadias e céus na terra. Ordenamento de apoio aos irmãos, astros de claridade nas noites ainda que escuras. Acreditam na plenitude das boas soluções. Trabalham por isso nas intenções de reunir a humana condição sob o princípio da realidade forte e verdadeira.
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