Eram amigos assim reconhecidos por todos. Aonde um fosse, o outro acompanhava dentro da maior sem- cerimônia. Até namorada conseguiam uma perto da do outro, facilitando a viagem. Isso coisa de causar pasmo como podia ocorre nesses tempos de tanta desunião.
Nos projetos, passeios, caçadas, no que fosse lá seguiam eles. Essa aventura que vamos contar verificou-se entre os tais amigos, e desta forma aconteceu: Uma onça pintada vinha dominando as cercanias, exterminando rebanhos inteiros de criação qual flagelo devastador. Certo dia, os proprietários reunidos trataram das providências. Convocaram os caçadores da redondeza, ofertando meios de trabalho e boa gratificação a quem desse cabo do medonho felino. Sem dúvidas que os dois amigos encabeçavam a lista de justiceiros.
Numa madrugada escura de inverno, buscaram, com outros, a mata fechada onde pululavam marcas da nefasta presença; antes do sol subir, iam na dianteira, por cima do rastros quentes vivos notados logo no começo da trilha que tomaram. Daí seguiram firmes no encalço da gata, por cima de lajedos, folharia, garranchos, animados ao esperado confronto.
Quem procura acha, diz o povo, e toparam com a presa, numa clareira espaçosa, ponto ideal em que o perigo faz evidência. Não se pode determinar qual dos dois o mais ligeiro ao instante de fugir, contudo, na surpresa, foi esse quem conseguiu trepar na única árvore das proximidades, deixando atrás espingarda, cartucheira, bornal, cantil, alpercatas, chapéu e o companheiro; saíra-se mais rápido que sabugo de milho seco em boca de moageira. Um arraso de vexame.
A fera achou fácil fácil perseguir o que ficara embaixo. A esse coube esperar pela sorte, coisa exclusiva de fazer; entregou o corpo ao chão, colado, teso, e aquietou de tudo, retendo a respiração.
Veio a onça e escutou de perto, bem de cima, rodeou a marmota, calculou o estrago, tomou chegada e fuçou-lhe o pescoço e a cabeça, na altura dos ouvidos; o caçador achava-se muito mais morto do que vivo. Três minutos eternos se seguiram até que o animal resolvesse ir embora sem causar danos.
Passado o pior, desceu da árvore o que nela subira. Ainda batia a poeira das calças, quando lhe deu querer saber do companheiro o que a pintada ao ouvido lhe dissera, talvez a pretexto de quebrar o gelo que restava da ocorrência. E o outro não esperou maiores chances para expelir seu desencanto:
- Ela me preveniu que antes de sair nessas empresas arriscadas eu aprendesse a escolher melhor com quem me acompanhar -, e, desse modo esclarecendo, partiu sozinho a fim de completar o serviço.
Nos projetos, passeios, caçadas, no que fosse lá seguiam eles. Essa aventura que vamos contar verificou-se entre os tais amigos, e desta forma aconteceu: Uma onça pintada vinha dominando as cercanias, exterminando rebanhos inteiros de criação qual flagelo devastador. Certo dia, os proprietários reunidos trataram das providências. Convocaram os caçadores da redondeza, ofertando meios de trabalho e boa gratificação a quem desse cabo do medonho felino. Sem dúvidas que os dois amigos encabeçavam a lista de justiceiros.
Numa madrugada escura de inverno, buscaram, com outros, a mata fechada onde pululavam marcas da nefasta presença; antes do sol subir, iam na dianteira, por cima do rastros quentes vivos notados logo no começo da trilha que tomaram. Daí seguiram firmes no encalço da gata, por cima de lajedos, folharia, garranchos, animados ao esperado confronto.
Quem procura acha, diz o povo, e toparam com a presa, numa clareira espaçosa, ponto ideal em que o perigo faz evidência. Não se pode determinar qual dos dois o mais ligeiro ao instante de fugir, contudo, na surpresa, foi esse quem conseguiu trepar na única árvore das proximidades, deixando atrás espingarda, cartucheira, bornal, cantil, alpercatas, chapéu e o companheiro; saíra-se mais rápido que sabugo de milho seco em boca de moageira. Um arraso de vexame.
A fera achou fácil fácil perseguir o que ficara embaixo. A esse coube esperar pela sorte, coisa exclusiva de fazer; entregou o corpo ao chão, colado, teso, e aquietou de tudo, retendo a respiração.
Veio a onça e escutou de perto, bem de cima, rodeou a marmota, calculou o estrago, tomou chegada e fuçou-lhe o pescoço e a cabeça, na altura dos ouvidos; o caçador achava-se muito mais morto do que vivo. Três minutos eternos se seguiram até que o animal resolvesse ir embora sem causar danos.
Passado o pior, desceu da árvore o que nela subira. Ainda batia a poeira das calças, quando lhe deu querer saber do companheiro o que a pintada ao ouvido lhe dissera, talvez a pretexto de quebrar o gelo que restava da ocorrência. E o outro não esperou maiores chances para expelir seu desencanto:
- Ela me preveniu que antes de sair nessas empresas arriscadas eu aprendesse a escolher melhor com quem me acompanhar -, e, desse modo esclarecendo, partiu sozinho a fim de completar o serviço.
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