Um processo vida de amores, isso dos romances clássicos, dos reis e suas concubinas, que dominava a sociedade humana, a base da família, a exigência do respeito entre os casais, o zelo pelo prosseguimento da boa ordem social. Quando definidos os quadros da formação dos grupamentos, evitar cruzamento de linhas e invasão da privacidade alheia representou salto interplanetário entre as criaturas humanas. A barbárie de tomar o fôlego dos parceiros, nas guerras e tramas dolorosas, achou melhoria de definição já bem perto daqui no tempo, monoteísmo judaico, que chegou definindo os critérios. Até a lapidação sofriam as mulheres que desmerecessem os cônjuges, apesar do senso prático, eliminavam na pedrada as adúlteras.
Agora, noutra fase histórica, os costumes refletem a recoisificação da espécie, onde os corpos femininos resolveram largar nas vitrines a carne feito mercadoria a todo preços, desvalorizando a ética por meio de moral capenga, imposição de valores materialistas que distorcem sobremodo o jeito de agir das populações.
Salve-se quem puder virou regra diante dos poderes da paixão libidinosa. As antigas conquistas de preservar o amor a dois tendem aos âmbitos religiosos, quando a moral corre os riscos dos tempos. Meios de comunicação impõem atitudes torpes a pretexto de lucrar no mercado consumidor.
O gosto de amar com platonismo, insistir na continuação dos relacionamentos através da preservação dos pactos originais da unidade e do sentimento puro, quais opiniões pessoais, exige sinceridade, limpeza de verdade no coração dos amantes.
Formas mil de contingências, manter enquanto durar, aguardar novas oportunidades na roleta da sorte dos casamentos, das aproximações de individualidades, cinzas vagam aos céus da improvisação dos tempos nebulosos da gente dos humanos.
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