segunda-feira, 1 de julho de 2013

Realidade mais interessante que as novelas

Do pouco que aprendi ao trabalhar com cinema é que os filmes mesmos acontecem de verdade, em essência, logo ali detrás das câmeras, nos sets e locações, nos relacionamentos e movimentação dos diretores, produtores, atores e técnicos, enquanto o que restará, depois, as histórias projetadas, contará quase nada do drama original. Serve nisso aquela comparação da tal ponta do iceberg.

Nos tempos bicudos, quando novelas perdem pontos para as ruas, quando o povo resolve utilizar a manifestação coletiva a título de argumento e reivindicações, desencantado das urnas periódicas, retorna o que a vida imita a arte. Só que vida vivida é pura arte, a arte de viver, identificar os limites da criação nos destinos humanos. O caderno das horas, então, pede a todo tempo que pessoas e seus sonhos pratiquem vida com autenticidade e autoliderança, valores nem sempre levados em conta.

Olhe bem o que a multidão diz nos clamores, que predominem as exigências inevitáveis da honestidade. Perante sistema estabelecido sob os tentáculos invisíveis dos palácios, o charme da honestidade reclama espaço de justiça longe das corporações escondidas.

Ninguém melhor que os jovens na viagem da infância à idade adulta, hora da verdade, enxergaria o drama da ilusão e o cio da fortuna, fama, influência, desespero de sobreviver dos veteranos que chegaram aos extremos das gerações.

Esse filme agora cresce na linha de fogo do horizonte, semelhante ao sol quando vem nascer.

Instante de esconder a cabeça na areia passou que nem as nuvens brancas do céu de junho. A claridade dos dias, porém, exigirá coerência nos que cheguem a fim de novas praticas e o primor da Verdade, que discursem e exercitem os roteiros mais limpos detrás das câmeras, sem trair os ideais da real honestidade.


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