Andar em círculo, qual
aquilo do peru circassiano dentro do traço de giz no chão, ser o suficiente de
restar preso às malhas dos tempos antigos, que de certeza nem existem mais onde
quer que queira. Enquanto lá fora viver produz a sucessão dos momentos eternos,
repetição do aqui e agora inextinguíveis, sem começo, sem fim. No turbilhão das
repetições, o céu abre portas à espera dos retardatários de dramas guardados
nas folhas amarelas de memórias apagadas, espécies de insetos aborrecidos em
voos monótonos...
Durante as horas
alegres da existência, sóis nascendo a todo dia, pássaros alumiando as matas e
os edifícios das cidades cinzas de brincadeiras soltas no ar, claridades mil
nas cores espalhadas em tudo, música sobrevoando sonhos das vontades, e há
ranço enferrujando ainda, que fere o sentimento das estrelas e corrói a fortuna
eterna das horas.
Alguns, contudo,
insistem noutros mistérios, vagar sofridos no futuro que também ainda não
mostrou seu rosto... Prudentes e sábios acreditam nas possibilidades infinitas
da consciência dos seres positivos. Eles alimentam certezas de melhores
alternativas que nascem das gerações novas, atuais.
Bom, sofrimento gruda
nos dentes dos habitantes da Terra devido aos pensamentos deles. Consequência
de causas individuais, a dor navega junto das almas que querem sofrer em pensar
e, por isso, sofrem. Dominar o pensamento representa, destarte, dominar os
sentimentos com relação a si e as 10 mil coisas.
Escolher cabe ao sujeito
dessa história pessoal, isto é, ao titular da conta da consciência. Qualquer
resultado representa o desgosto (ou o gosto) da própria pessoa que comanda a
orquestra da percepção desse mundo, o eu pequeno, voltado às qualidades
grosseiras, ou o Eu de vistas erguidas aos céus.
Logo a seguir, porém, as
luzes do instante presente, os universos saborosos de todo meio oferecem o
direito de conquistar outros melhores ensaios, além, pois, da rotina das
inutilidades dolorosas.
Estirar os braços e
abrir as mãos, atitudes invitáveis aos libertos dos cascalhos e ruínas do que
virou bagaço nas estradas do Infinito breve da existência.
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