quarta-feira, 24 de julho de 2013

Crueldade pedagógica II

Todas as transformações pedem o exercício da prudência, porém bem pouca, ou nenhuma, prudência demonstram aqueles que comandam os destinos da raça dos homens, pelo menos em termos visíveis, quando as doses e os remédios ministrados geram descompasso com a cura que desejam, isto em relação aos tratamentos que administram nas sociedades doentes do momento.

Numa fase histórica quando dificuldades parecem dominar a prática do bom senso, a educação se mostraria qual a alternativa fundamental. Valorização de professores, estabelecimentos, alunos, equipamentos, exigem resultados e firmeza de determinação, consciência limpa e espírito de humanidade, nos níveis elevados da cultura de sobrevivência da civilização decadente.

Ao observar os jovens estudantes submetidos à sanha capitalista, onde o valor principal é a imitação massificada nos países ricos, se identifica algumas punições em consequência da irresponsabildade adotada em razão dos métodos e encamin hamentos. Se é que aprenderam, os mentores não praticam a cultura que indicam as instituições oficiais, haja vista a improvisação que virou a história.
  
Outro dia, presencieii a cena de criança entre 4 e 5 anos recurvada sob o peso de mochila enorme (5 a 7 kg), onde transportava seu material didático, que caiu de costas sacudindo braços e pernas, presa às alças do esquisito paraquedas, sem força voltar a ficar de pé. A imagem que guardei foi de uma tartaruguinha saída do ovo, virada de costas, submetida ao contrapeso do casco, indefesa, a pedir mão amiga que lhe pudesse desvirar.

Para que tanta bagagem sobre ombros tão frágeis? Seria um castigo indireto à fraqueza dos pais, omissos diante da sordidez deste mundo? Existe algo a ser modificado, eu sei que existe, sim; rumos a corrigir; erros a denunciar; que participar das renovações pelos exemplos ativos das pessoas que acreditam em mudança. Existe, busque e encontre na vontade de produzir os tecidos novos dessa colcha esgaçada.  

Coisa alguma justificaria os gastos em livros se só a fim de municiar as editoras apaniguadas, em prejuízo dos filhos; enriquecer trustes editoriais sem computar os excessos, crime continuado, conivência. Às autoridades cabem defender, sobretudo, o bolso do cidadão que lhes delega o poder; fora com as máfias do livro didático e outras mais!


Transigir com a saúde familiar, as matas, a riqueza do subsolo, e, de quebra, empenar o espinhaço dos filhos por conta da ausência de seriedade, nessa época e nesse chão de conformismos, isso dói na alma da gente. 

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