Clima de extrema repressão dominara a Palestina após o sacrifício de
Jesus. Com isso, narra capítulo 12 de Atos dos Apóstolos, um episódio
marcante na vida de São Pedro, dessa época encarniçada, quando os primeiros
cristãos padeceriam dores cruéis a mando de Herodes, filho do outro Herodes que
perseguira o Mestre nos primeiros tempos da sua presença na Terra.
Após haver morto Tiago, este irmão de João, Herodes se voltara contra
Pedro, mantendo-o no cárcere para quando viesse a Páscoa; então, o apresentaria
ao povo, na intenção de barganhar sua confiança.
Grupos de quatro soldados se revezavam na vigilância ao apóstolo,
mantido a ferros em cárcere de estrita segurança. Enquanto na igreja primitiva,
sob o império do medo, os seguidores de Jesus se revezam, pedindo a Deus pelo prisioneiro.
Na noite de sua apresentação à turba, como prevista pelo monarca,
acorrentado, no meio de dois dos soldados que lhe montavam guarda, dormia
Pedro. À porta, as outras duas sentinelas reforçavam a prisão.
No meio de luminosidade intensa, adentrou o recinto escuro da cela um
anjo, emissário da glória divina, e, silencioso, se aproximou de Pedro e lhe
tocar o corpo a dizer:
Surpreso, livre das cadeias que caíram ao solo, o apóstolo atendeu às
providências solicitadas, buscando obedecer ao inesperado visitante.
O episódio bíblico ainda registra que Pedro seguiu mesmo sem
compreender que era real o que se fazia por intermédio de um anjo, julgando que
era uma visão.
Juntos, passaram pelas duas sentinelas que guarneciam a masmorra, cuja
porta se abriu qual em passe mágico, sem precisar de ninguém nela tocar.
Seguiram para logo se verem no lado de fora, à luz fosca das ruas
desertas da cidade.
Sob o impacto da ocorrência, Pedro apenas se deu conta de ver o anjo a
deixá-lo e sair noutra direção.
Assustando com tamanho prodígio, falando de si para consigo reconheceu
a providencial circunstância de sair inteiro das garras do perverso soberano em
vista do poder inigualável do Senhor.
Em mais alguns instantes, parado à sombra das casas, considerou o
melhor jeito de se livrar dos adversários. Lembrou a casa de Maria onde os
irmãos de fé tantas vezes se congregavam, ali guiando os passos. Ao chegar e chamar
no portão causou espanto inavaliável.
Conta o livro que, aos primeiros raios do amanhecer, pânico descomunal
se estabeleceu entre os guardas tomados de pânico, temerosos da reação que o
desaparecimento do prisioneiro ocasionaria. Interpelados e não justificando a
fuga, foram de imediato seriam executados.
Lindo, comovente, esse episódio da vida de Pedro, Emerson. "Deus é nosso consolo e a esperança e a fé é nossa liberdade".
ResponderExcluirPEDRO, apóstolo de Jesus Cristo, personalidade brilhante da Igreja Primitiva.