Através de exemplos que
vêm de cima da pirâmide, a corrupção parece querer dominar os costumes. Olhares
em volta detectam inúmeros profissionais de enganar os irmãos, o que virou moda
nos quadrantes cinzentos sociais. Aonde observar, ali crescem autores da crise
moral que solapa resistência das gerações, trajados e falantes, senhores de
vida e morte. Do pequenino ao maior, vírus nefasto da ausência de zelo com o
bem público infesta partidos, instituições e os poderes da República, estados, municípios,
câmaras municipais, tribunais, conselhos, fábricas, mercados, ruas, praças,
becos, favelas, subúrbios, num tsunami de proporções apocalípticas, época das
tecnologias de ponta que prevalecem a qualquer custo. Jamais, quais agora,
autoridades seguem o código dos corruptos, no entanto andam soltos com direitos
nunca vistos, a ponto de circular nos voos domésticos e internacionais posando
de vestais, mandando e desmandando tudo quanto é lado.
Havia profecias que
davam conta do risco disso um dia constranger o mundo, porém ninguém avaliaria
chegasse a essas proporções que invadem nações inteiras, sem limites e
escrúpulos. O homem lobo do homem exercita instintos e as garras da ferocidade nos
esquemas e fraudes de perversões incalculáveis, além da pura violência,
porquanto adotam meios desvanecedores e torpes. Gangues avançam descontroladas
ao erário das coletividades, simulam correção e vendem imagem de puros às
multidões, instrumentos democráticos no serviço dos piores, marca do tempo da
enganação desenfreada.
Por mais diga palavras
que definam o quadro de miséria ocasionada pelos invasores da alma popular,
restam perdidas no fundo das gavetas da burocracia as faces escuras, longe de
tocarem o coração de quem possa reverter o quadro endêmico da dor dos pesadelos.
Corruptos afirmam de
boca cheia que eles existem de comum acordo com seus adorados corruptores, os
mesmos negociadores de votos, aliciadores que aproveitam dos postos de comando
a preço de banana, nos turnos eleitorais de triste memória. Poucos, raros, formadores
de opinião, talvez disponham da força de modificar o painel do desencanto, tarefa
hercúlea, entretanto. Às vezes, merece avaliar que a humanidade cava deste modo
e maneira precipícios que neles cairá, segundo as previsões dos videntes nas
várias civilizações. Disso, então, passada a procela, nascerá o período sadio na
história que constituirá, só então, a honestidade no melhor dos mundos.
Ainda que constem
hipóteses dignas de prova no imaginário popular, onda de limpeza moral da raça
em vias de contaminação generalizada pede esperança monumental aos valores
eternos da bondade. Justiça soberana alimentará a seu jeito preservação da boa
vontade no caminho infinito dos séculos em fim, amém.
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