Qual agora, quando
pessoas, de faces encobertas, saem às ruas e quebram lojas, incendeiam veículos
e depredam prédios logo o Grande Irmão repercute na mídia, sua voz, que
vândalos destroem o patrimônio particular e público, numas ações coletivas
repudiáveis aos comezinhos exames, riqueza eliminada sem produzir benefícios. Verdade
nua e crua. Porém detrás de qualquer prática há motivos. O motivo das tamanhas
agressões da massa enfurecida são as ilegitimidades, no outro lado da mesa, do
próprio poder, ocasião das práticas ilícitas de governantes em atos
deslumbrados e insanos, proprietários desautorizados dos destinos em crise lá
embaixo.
Adianta pouco
perguntar as causas dos distúrbios sem fazer a autocrítica do sistema que domina
empavonado. Reações significam ações de resposta no sentido contrário, lei reconhecida
há séculos.
Nada permanecerá impune, ou fora das recompensas merecedoras. No
entanto se chega a imaginar que ainda existam políticos que contem vantagens da
impunidade dos seus feitos nocivos guardados debaixo das sete capas da ilusão,
mera ilusão. Leis superiores persistirão para sempre e julgarão os culpados das
mínimas contrariedades, ao momento certo. Ignorância galopante avaliar doutro
jeito a história dos homens na ordem natural das coisas.
E nisso é que ocorrem as
movimentações que ora deixam a gente de queixo caído, melancólicos, aguardando
tempos outros, resultado das voltas das esferas no sentido da normalidade. Talvez
as tantas luas que vão e vêm deixem rastros nos céus que quase ninguém quer conhecer,
nas aulas deste chão.
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