Lá um dia, instante
sagrado e misterioso, o Criador resolve partilhar com os seres vivos o poder da
sua Consciência. Então, além das sensações e dos instintos, decide legar aos
inúmeros animais uma primeira essência, o fermento que leveda o pão. Deus,
querendo desfrutar da Criação, partilharia no gesto magnânimo os sentidos
universais aos bilhões, trilhões de pequenas partículas, sensores espalhados na
face da Terra inteira.
Daí, criara o primeiro
humano para que, através de existências sucessivas, Ele galgasse usufruir, nos
lugares mais inesperados, o prazer de contemplar as maravilhas da Natureza que
dera início em tantas e belas formas e cores.
Tanto tempo já passou
desde aquela ocasião e, no entanto, estes seres ainda seguem no aprimoramento
permanente do dito propósito magistral, a fim de chegar ao ponto de vencer as
limitações calcárias dos passos da inocência primitiva, por meio da qual
desenvolverá essa matéria que lhe levará ao clímax do projeto divino, na
multiplicação e leveza do bom sentimento. Saídos de zero chegarão ao Infinito.
Nisso, as aparentes
contradições do encontro das duas condições, uma prisioneira do barro deste
chão; a outra, olhos fixos nas estrelas da eterna Perfeição, ambas firmes no caminho
íngreme da casa do Pai, criador Nosso.
Nas faixas
intermediárias dos elementos em elaboração, juntas, as ideias em andamento trabalham
juntas, em vias da unificação, nos tais dois aspectos que ora formam a natureza
humana, em sentido da libertação pelo Amor que aflora nos corações. À frente, no
cadenciado, abrir-se- á estação de destino ao objetivo sonhado, na realização dos
ciclos perenes desta Vida.
Só nessa hora a Felicidade
adquirirá contornos definitivos. Acontecerá em tudo o fulgor da Luz, no âmbito
das consciências, unidas para sempre ao nível da intenção original.
... Bem melhor do que
surgir do nada e sem qualquer direção. Aos moldes do propósito sublime,
portanto, sorriremos enfim.
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