quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Propósito maior... e melhor



Lá um dia, instante sagrado e misterioso, o Criador resolve partilhar com os seres vivos o poder da sua Consciência. Então, além das sensações e dos instintos, decide legar aos inúmeros animais uma primeira essência, o fermento que leveda o pão. Deus, querendo desfrutar da Criação, partilharia no gesto magnânimo os sentidos universais aos bilhões, trilhões de pequenas partículas, sensores espalhados na face da Terra inteira. 

Daí, criara o primeiro humano para que, através de existências sucessivas, Ele galgasse usufruir, nos lugares mais inesperados, o prazer de contemplar as maravilhas da Natureza que dera início em tantas e belas formas e cores.

Tanto tempo já passou desde aquela ocasião e, no entanto, estes seres ainda seguem no aprimoramento permanente do dito propósito magistral, a fim de chegar ao ponto de vencer as limitações calcárias dos passos da inocência primitiva, por meio da qual desenvolverá essa matéria que lhe levará ao clímax do projeto divino, na multiplicação e leveza do bom sentimento. Saídos de zero chegarão ao Infinito.

Nisso, as aparentes contradições do encontro das duas condições, uma prisioneira do barro deste chão; a outra, olhos fixos nas estrelas da eterna Perfeição, ambas firmes no caminho íngreme da casa do Pai, criador Nosso.

Nas faixas intermediárias dos elementos em elaboração, juntas, as ideias em andamento trabalham juntas, em vias da unificação, nos tais dois aspectos que ora formam a natureza humana, em sentido da libertação pelo Amor que aflora nos corações. À frente, no cadenciado, abrir-se- á estação de destino ao objetivo sonhado, na realização dos ciclos perenes desta Vida.

Só nessa hora a Felicidade adquirirá contornos definitivos. Acontecerá em tudo o fulgor da Luz, no âmbito das consciências, unidas para sempre ao nível da intenção original.

... Bem melhor do que surgir do nada e sem qualquer direção. Aos moldes do propósito sublime, portanto, sorriremos enfim.

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