terça-feira, 9 de outubro de 2012

Bizarro, estranho, esquisito

No esforço de restabelecer a paz com Deus, sociedades trabalham no sentido de chegar perto do Todo Poderoso e conciliar seus atos com a vontade soberana. Isso conta bem a história da Humanidade. Sempre depois das grandes escaramuças humanas, nasce forte o desejo de agradar o Criador, querer, a qualquer custo, estabelecer de novo a amizade ferida por conta do fragor das batalhas, atos pecaminosos praticados em nome da vitória principal de povos impacientes.

Ao passear pelo mapa das civilizações e lá construíram catedrais voluptuosas, de arte e riqueza sem par, frutos dos despojos trazidos de povos derrotados, conquistados a ferro e fogo, largados no ostracismo da miséria. Vencedores erguem, então, os braços aos céus e oram arrependidos de males praticados em nome da sanha voluptuosa, pedindo fiel clemência e a organização posterior dos sentimentos culpados.

As lembranças do Poder sagrado acompanham de perto as atitudes arrebatadoras do reconhecimento, por terem merecido o sucesso nas práticas guerreiras. Bizarro, também por isso, o tal ser humano, que chega às lágrimas face ao que ele mesmo pratica nos campos da luta das glórias deste mundo. Bizarro, estranho, esquisito, sinônimos do jeito como desenvolve as respostas dos próprios atos.

Esquecem, no entanto, reis e comandantes de tropas, que do outro lado da cena assassina havia passageiros de uma nave irmão da família dos semelhantes, eles portadores de iguais oportunidades e antigos e suaves sonhos. Familiares comuns da escada infinita do Paraíso; parceiros dos mutirões da jornada terrena rumo ao silêncio da Humildade definitiva.

Nas celebrações dos triunfos, pois, depositados os sacrifícios nos altares luxuosos, perante as multidões extasiadas e contritas ao luxo dos trajes de galã de quem venceu os embates mortais, o espírito da conversão ao Mistério eterno apazigua os espíritos. Senhores reverenciam o Senhor dos Exércitos, qual existisse divisão nas cortes celestiais.

Bizarro, estranho, esquisito...

Cantam, tocam, rezam, incensam e dobram a fronte ao enigma das almas aventureiras das tantas e dúbias circunstâncias. Assim funciona o palco dos desejos humanos e suas manifestações às autoridades divinas, envoltos na pompa de templos longitudinais paridos das consciências doloridas em brasa.

Enquanto isso, melhor resultado significaria união e harmonia, controle das feras que habitam o seio das bestas a pastar nos verdes campos do Senhor da Vida.

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