No esforço de restabelecer
a paz com Deus, sociedades trabalham no sentido de chegar perto do Todo
Poderoso e conciliar seus atos com a vontade soberana. Isso conta bem a
história da Humanidade. Sempre depois das grandes escaramuças humanas, nasce
forte o desejo de agradar o Criador, querer, a qualquer custo, estabelecer de
novo a amizade ferida por conta do fragor das batalhas, atos pecaminosos
praticados em nome da vitória principal de povos impacientes.
Ao passear pelo mapa
das civilizações e lá construíram catedrais voluptuosas, de arte e riqueza sem
par, frutos dos despojos trazidos de povos derrotados, conquistados a ferro e
fogo, largados no ostracismo da miséria. Vencedores erguem, então, os braços
aos céus e oram arrependidos de males praticados em nome da sanha voluptuosa,
pedindo fiel clemência e a organização posterior dos sentimentos culpados.
As lembranças do Poder
sagrado acompanham de perto as atitudes arrebatadoras do reconhecimento, por terem
merecido o sucesso nas práticas guerreiras. Bizarro, também por isso, o tal ser
humano, que chega às lágrimas face ao que ele mesmo pratica nos campos da luta
das glórias deste mundo. Bizarro, estranho, esquisito, sinônimos do jeito como
desenvolve as respostas dos próprios atos.
Esquecem, no entanto,
reis e comandantes de tropas, que do outro lado da cena assassina havia
passageiros de uma nave irmão da família dos semelhantes, eles portadores de
iguais oportunidades e antigos e suaves sonhos. Familiares comuns da escada
infinita do Paraíso; parceiros dos mutirões da jornada terrena rumo ao silêncio
da Humildade definitiva.
Nas celebrações dos
triunfos, pois, depositados os sacrifícios nos altares luxuosos, perante as
multidões extasiadas e contritas ao luxo dos trajes de galã de quem venceu os
embates mortais, o espírito da conversão ao Mistério eterno apazigua os
espíritos. Senhores reverenciam o Senhor dos Exércitos, qual existisse divisão
nas cortes celestiais.
Bizarro, estranho,
esquisito...
Cantam, tocam, rezam,
incensam e dobram a fronte ao enigma das almas aventureiras das tantas e dúbias
circunstâncias. Assim funciona o palco dos desejos humanos e suas manifestações
às autoridades divinas, envoltos na pompa de templos longitudinais paridos das
consciências doloridas em brasa.
Enquanto isso, melhor
resultado significaria união e harmonia, controle das feras que habitam o seio
das bestas a pastar nos verdes campos do Senhor da Vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário