quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A geração nem, nem



Houve um tempo, décadas de 50, 60, quando os nordestinos vagando nas ruas sem carteira assinada nas ruas da capital paulista, no Rio de Janeiro, se pelavam de medo de ser pegados e recambiados para o sertão da seca no primeiro transporte. E agora o que vemos divulgado na mídia: um Brasil destes tempos pós-modernos onde 20% da juventude, na faixa dos 18 aos 24 anos, perdido na desocupação, andando à toa fora do mercado do trabalho, sem emprego, meio de vida, despreparada de escola. A denominada geração nem, nem, jovens que permanecem fora do estudo, em casa, nos guetos, sem profissão, nem trabalho, e ausentes de quaisquer meios de uma vida digna, ameaças gritantes à paz de si próprios e das comunidades em que habitam.

Por melhores sejam as estatísticas dessa época, no País, há um tanto de assunto pendente de boas soluções, parcelas preciosas da nação, longe das respostas convincentes ao bem do interesse de todos.

A contrapartida dos tais números do atraso representa demanda rumo à criminalidade. Indiferença e desmandos sociais crescem o déficit social de séculos. Isto numa circunstância política onde a democracia representativa amarga crise por conta do profissionalismo ganancioso dos que confundem a área eleitoral com mercado de investimento e falcatrua.

Quem paga o preço desse fastio incompetente das populações: as novas gerações e a família, principal a família, célula mater vítima do descaso administrativo público, da ausência de autenticas representações e inventividade, seriedade e compromisso.

Severos frutos sujeitam, por isso, amargar a boca do futuro. Ninguém permanece impune diante das leis coercitivas da natureza coletiva. A humanidade como um todo corre riscos de guerras, ciclos de fogo e dramas do ajuste, no ordenamento comum. 

O poder da Ética impera ao longo dos acontecimentos, e seu retrato significa o bem estar da coletividade humana em cada momento. Talvez ainda haja tempo de revertemos o quadro que ora se apresenta através de meios pacíficos e trabalho responsável dos responsáveis no comando da história.  

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