domingo, 15 de abril de 2018

Raias da imbecilidade humana


Havia de ser assim, durante longas datas, o homem lobo do homem, até revelar a condição de irmãos uns dos outros, nesta vala comum das horas. O itinerário deles, de nós humanos, escrevem com o sangue. Poderosos seriam os menos indicados a conduzir o barco no trilho das gerações. No entanto adquirem tal poder, mesmo que fracos de juízo e moral, e marcam a ferro e fogo as ancas dos inocentes. Mas reclamar sem ter a quem nas conferências abandonadas. Então, resta reverter o quadro dentro das próprias criaturas, única possibilidade que existe de viver sonhos de transformação, paz e consciência. 


Plantam só os frutos do imediato, de prazeres ilusórios; deitam e rolam no mar de lama onde puserem seus feudos pecaminosos. Acenam os místicos a outras chances, contudo nascidas do coração, do sentimento, rumo do Eterno. Indicam, demonstram, praticam, todavia olhos a quem possa ver. Nisso, as consequências da sanha do transitório em detrimento da transcendência do ser que somos ainda sem saber o suficiente de exercitar a libertação verdadeira.

Houve fase, que chamaram de Era da Razão, quando resvalaram nos abismos da ignorância e determinaram esse materialismo que ainda impera nas hostes de governo. Feras devorando feras, nos clímaces de guerra e destruição. Isso que repetem nas telas dos dramas através dos mercados, em que pessoas valem nada e lucros tudo valem. Resultado: dores, eliminação em massa, migrações forçadas, famílias esfaceladas, judiação e desamparo, sob as vistas míopes dos tais proprietários dos bens de produção. 

Sobram os depoimentos, comentários, esforços inúteis das reconstruções, numa fase de civilização em que ninguém fala de revolução, palavra tão em moda pouco tempo passado. Hoje o sentido de tantos resume o direito de sobreviver à burocracia dominante e aos interesses dos poucos. No entanto, é preciso persistir e jamais esquecer o motivo maior dos novos tempos, da alegria e da solidariedade, amor e compreensão. Depois das tempestades que advenha luz na face dos dias que vêm a caminho, no justo valor de Tudo. 

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