domingo, 22 de abril de 2018

A luz do teu próprio ser

O brilho incandescente dos milhões de sóis, eis em que o teu próprio ser  adormecia, potencial de tudo quanto há em todos os lugares do Universo e da Eternidade. Em ti havia nova criatura, isto nas vagas luzes de pequenos claros que ainda inebriavam a distância, certeza tão certa quanto a realidade a querer enxergar, astros adormecidos e visões guardadas. A chance que largavas atrás, enquanto o teu coração gritava liberdade, nas horas mortas de solidão e amargura. Passados inúteis instintos e sensações, logo adiante advêm os sentimentos, dos quais o rei de todos eles, o Amor, dorme ainda contigo nas noites profundas das perdidas aventuras.

Foram tantos os vazios em que trocaste a iluminação pelas agruras que jamais haverias de justificar e aceitar correr de ti enquanto o tempo esperava nas dobras dos caminhos. Longas noites de tormentas e a surda empreitada de jogatinas e furores. Tu, somente tu, testemunhavas o Eterno e apreciavas as douradas correntes que te prendiam aos rochedos da escuridão, sob tuas saudades do futuro, a indicar o quando de verdade conduzias através dos destinos vidas afora.

Nisto apenas silenciosas as músicas falavam ao íntimo das virtudes, mas tu nunca pensavas ouvir a voz dos céus na vastidão dos continentes da alma. Razões outras e notas harmoniosas, todavia, que sumiam aos desleixos da tua compreensão, mantinha a promessa de liberdade que um dia receberás. Atiravas lá longe o desejo no sacrário das suaves inspirações. Então, até quando, certa feita as portas se abrirão de plano à beleza e certezas infinitas de paz, de força descomunal, que dominará o espectro que desistirá das amarguras e abraçará o Sol de fulgor inextinguível. Luz, compreensão, cordilheiras de bênçãos, sublimidade na beleza infinita das existências. Nos corredores da consciência agora desperta o ser renovado que todos somos, no milagre da plenitude...

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