domingo, 8 de abril de 2018

O farrapo dos dias

É isso que passa à história, só pedaços manipulados daquilo que transcorre e desce pelo filtro da mídia nos interesses da informação. Quase nunca corresponde à verdade verdadeira, porquanto prevalecem meras particularidades diante dos acontecimentos isentos. Poucos, raros, são os responsáveis pela guarda plena de ocorrências claras nos armários da tradição, nesses tempos contemporâneos, reconhecidos de versões inexatas das notícias. 

Vez em quando traços reais prevalecem diante dos falsos valores de poder. A comunidade da informação exige custos elevados que os repassam aos órgãos dominantes e cobram caro por isso. Resultado, pouca verdade ou justiça no que se conta através dos livros após transcritos os jornais, as revistas, os códigos da mídia oficial, que hoje existe a duras penas financeiras dos erários de governos. Seriam meras peças de reposição de mandatos as transcrições ofertadas a público ávido de consciência, porém frustrado e conivente face ao lixo de comunicação transmitido nas usinas que mantêm o funcionamento da sociedade por meio de letreiros, falas e imagens vendidas cotidianamente. Narrativas interesseiras de discursos interesseiros. Patrões pervertidos de cidadãos vulneráveis.

Mais que isso em nada há de que contar os amores clandestinos de grupos e competição, nos ditos meios de massa de comunicação. Mal desnecessário ou hipnose coletiva? A propalada crise de credibilidade dos tantos órgãos que sustentam o mercado das ações da informação distancia, portanto, da coerência política, enjeitados eleitores e pretensos detentores da verdade histórica, ora afastados a ferro e fogo do que seria a ciência social lúcida e transparente da democracia da comunicação coletiva. Duros são, pois, os métodos de dominação a que tantos respondem na própria pele, em face do mau uso deste bem tão precioso da transmissão de conhecimento a que chegaria a Humanidade, porém desvirtuado em mãos pecaminosas e escravocratas dos senhores feudais dessa hora da espécie humana.

(Ilustração: Guernica, de Pablo Picasso).

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