quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Nesses dias nublados

Em que até os pensamentos parecem nadar nas águas das chuvas persistentes e dos pássaros que cantam mais de frio do que do calor da calma, quando a gente busca nos sonhos recentes o nexo dos efeitos em volta. Há sempre isso de um lado bom no roteiro dos contos. Enquanto na tela principal transcorria o filme, logo ali de junto o making off revelava a real felicidade na forma de crescimento do quanto valiam os séculos do sem fim. Independente, pois, dessa casca fosca de fora, um sorriso aberto da natureza deslizava no peito dos amores e avisava que de amor ninguém morre, livre quem vive e resiste ao território das memórias, pousos definitivos da humana consciência. 

Nessa vontade presente e o caderno das gerações que ferve de furor ao doce das melodias no coração nas pessoas, debaixo de toda história cinza, virão sonhos de noites anteriores, que resistem ao vento das sortes. 

Nas espécies, o desejo de continuar perenes nalgum universo paralelo. A folhagem das matas crescerá aqui comigo, enquanto revejo o crescimento das matas lá na serra. Passavam anos seguidos durante a estiagem prolongada e só agora esta força de esperança se derrama fiel ao longo das estradas. 

Enfim o instinto das estações que resolve alimentar o sentido que dormira durante décadas, porquanto seria de ser o que jamais existiu no gosto das criaturas humanas. Deixavam acontecer ao sabor dos desleixos o agir no hábito das destruições necessárias. Porém o poder só apenas, calado, degustava as páginas do tempo nas malhas de Si mesmo, Ser magistral das criações geniais. Foram e serão horas de aprendizado neste mar dos desafios. Guardar consigo o gesto puro de alegrar os quadros das manhãs do Paraíso e de novo significar certeza de verdades eternas. Nisso, deixar fluir o verbo da Criação nas formas que chegava quentinho o pão nas padarias já de portas abertas e nas notas soltas dos jornais da verdade plena de tudo enquanto...

Um comentário:

  1. Dias nublados, ausência do sol, fica aquela sensação de paz, de ficar um pouco mais na cama. Mas nada melhor do que sair pela mata, ouvir os pássaros, o cheiro da terra molhada...é uma bênção, é a presença de Deus na natureza.

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