quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Moacir Braga

Ao chegar no Aeroporto de Fortaleza dia desses, segui em um taxi dirigido por este senhor, Moacir Braga. Conversa vai, conversa vem, no decorrer da trajetória, vim saber de termos algumas afinidades, dentre elas o ano de nascimento, o mesmo número de filho, de casamentos e também de gostar de ler e, observem, gostar de escrever. Pois então. Soube até que Moacir já tem um livro publicado, A saga de um amazônida

No decorrer da nossa conversa pelas ruas da Capital cearense, início de noite, ele demonstraria seu interesse nos assuntos do interior cearense, de onde procede nascido em Aratuba. Saberia do seu interesse pelos livros, inclusive de autores quais Albert Camus, Dostoiévski,e Nietzsche, Aristóteles, Santo Agostinho, dentre outros. Afim de instruir outro dos livros que produze no momento, perguntou a propósito de Fideralina Augusto, bisavó do meu pai, sem que soubesse desse meu parentesco. Nisso, estendemos o bom papo até o Meireles, aonde eu iria ficar. Tinha comigo alguns exemplares de Histórias do Tatu , meu livro recente, com o que lhe presenteei.

Marcamos de ele vir me buscar daí a duas semanas, no sentido de regressar ao Crato. Com isto, pode me ofertar com o seu livro, para minha satisfação em conhecer a sua escrita num romance recheado das boas histórias da Hiléia Amazônica, o que ora leio cheio de gratas surpresas. 

Sou entusiasta da literatura do povo, das pessoas autênticas do meio da população, testemunhas efetivas da vida ao sabor dos acontecimentos, dotados de ocorrências verdadeiras, cheios de emoções e heroísmo. Desse filão perpetuado em obras raras de pouca ou nenhuma distribuição pelas livrarias e bancas, nascem os livros os clássicos dos autores de gabinete, dos salões acadêmicos. Da realidade nua e crua dos becos e vilas, das florestas e praias distantes, ressurge o homem na sua essência primeira. 

E ao chegar em casa, logo tratei de conhecer a produção de Moacir Bandeira Braga, obra prima de aventuras pelo universo da Floresta Amazônica, ali onde sobreviveu, na profissão de vendedor, através das pequenas comunas e dos interiores remotos. Por demais preenchido das histórias simples daquelas ribeiras típicos, o livro relembra as legendas de Gastão Cruls, Thiago de Melo e Afonso Arinos de Melo Franco, dos bons momentos da nossa marcante literatura etnográfica. 

Destarte, para enriquecimento das produções originais, aguardamos novos livros de Moacir Braga, mais este anônimo romancista brasileiro.

2 comentários:

  1. Que bom ler os seus textos. Um simples relato no percurso com um taxista nos faz pensar de que todos somos capazes. De que não existe pessoas que não tenham algo a ensinar e nem outras que não tenham algo a aprender, é tudo uma questão de relativizar.

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