sexta-feira, 24 de março de 2017

A luz dos fins de tarde

Quanta beleza! E a força da natureza a tocar de vontade viva o coração da gente. Horas de poesia e sonho, novidades boas de dominar o século, desejos de paz e esperança neste mundo afora. Sentimentos em forma de calma, quando os animais retornam aos apriscos, pássaros aos ninhos e há pura calma no horizonte interminável. Tantos momentos de orientação de revelar o caminho a que raros resolvem seguir. Firmamento em festa acende a luz de fogo nas cores amarelo queimado, melhores quadros das mãos do artista universal. São músicas de amor que invadem lentamente os cristais dos ouvidos, acordes semelhantes ao perfume das flores do poente e das matas.


Instante mais que perfeito de refletir a possibilidade infinita de transformar o roteiro das humanidades depois de quantos equívocos, espécie de descrença filosófica das gerações, no entanto a deixar de fora o poder renovador do instinto de conservação por meio das ações equivocadas. Houvesse agora plena consciência do potencial próprio de todos, e a verdade dominaria o panorama do Planeta tão maltratado. Existisse o mínimo que fosse de sinceridade, os habitantes daqui seriam irmãos e viveriam de jeito igual ao sabor das potencialidades humanas. 

Prova provada do valor da claridade desta ocasião, as pessoas haveriam de imaginar sementes boas neste solo fértil de infinitas oportunidades. Quantos, contudo, olham a si e esquecem os demais, quais inimigos na mesma família, a fugir do dever da solidariedade inevitável.

Nisso ninguém pisaria ninguém. O abraço desta formosura dos nascentes e poentes envolveria de alegria imensa a alma das criaturas e o amor dominaria tudo em volta, abraço de esperança e felicidade. Busca, pois, o diamante da ternura dos derradeiros raios de Sol que aquecem a festa no primor do Bem. Saber ser livre das sombras e manter aceso o clarão dos olhos de Deus que nunca esquecem a perfeição dos dias, pai amigo que assiste silencioso ao espetáculo do mistério. 

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