quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Escolhas certas

Inúmeras vezes afirmam isso a propósito das escolhas durante a existência, de que frutificam resultados e delas se viverá a essência do Ser. Que viver é escolher e colher o que se plantar. Espaço de respiração do gesto de ser livre, escolhas determinam os passos da caminhada pelo chão. Sempre lançar as sementes daquilo que queiramos colher, sendo as tais escolhas essas sementes. Gestos, palavras e atitudes. 

Conquanto cientes, nem tanto assim acontecem as práticas correspondentes. Preciso, no entanto, agir de acordo com nossos sonhos. Fazer aos outros o que queiramos para nós, regra de ouro no eito da plantação. Nisto, as escolhas, ações e produções.

A visão evangélica de que Jesus morreu na cruz para limpar os nossos pecados significa bem o exemplo que ofereceu de a gente utilizar do seu exemplo em nome da própria salvação. Com isso, Ele abriu o caminho aos que vêm na missão de vencer o mundo. Longe, pois, de pensar que agora que demonstrou qual vencer e conquistar o Reino Divino que podemos cruzar os braços e entregar ao mero acaso o resultado da nossa participação. Tal os bons professores, o Mestre indicou jeito exato de dominar a matéria e chegar ao nível de obter vitória sobre as limitações da carne.

Cabe, por isso, na prática, o meio de oferecer as respostas da perfeição ainda no decorrer das histórias pessoais e desenvolver os métodos do Rabi da Galileia, transcendo as limitações oriundas de uma condição de aparente condenação.

Os instrumentos, as escolhas. Olhar de frente o dever da Purificação, e nisso espíritos transpõem as barreiras da matéria, tributo de superar os apegos das fraquezas humanas. 

Escolher com arte cada passo da libertação, eis a norma principal de superar a condição de que chegaremos à limpeza do pensamento na luz da Consciência pura.

(Ilustração: Vincent Van Gogh).

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